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Costa: "Tudo faremos para que aqueles que quiseram brincar com fogo não queimem o país"
António Costa, à saída da votação final do Orçamento do Estado, que foi aprovado, teceu críticas à postura do Bloco de Esquerda e do PSD por causa do Novo Banco.
"Não vou estar a discutir tecnalidades jurídicas. Mas contrato assinado tem de ser honrado, lei que existe tem de ser respeitada e a legalidade tem de ser respeitada num país de estado de direito", disse.
Disse "lamentar que partidos tenham desertado ou não tenham resistido à tentação populista de aprovar medidas que têm como consequência minar a credibilidade internacional do país".
Mas prometeu: "Tudo faremos para que aqueles que quiseram brincar com fogo não queimem o país. Tudo faremos para que não só a legalidade que a nossa Constituição impõe, que a lei de enquadramento orçamento impõe do orçamento inscrever todas as obrigações contratuais do Estado [seja cumprida] e assegurar que em caso algum a credibilidade internacional seja posta em causa".
"A luta continua e vamos continuar a enfrentar a pandemia, a crise económica e social, a proteger Portugal os portuguesas e o bom nome internacional", acrescentou que não se ficou por aqui. Sem querer discutir já os pormenores, Costa assegurou para quem o ouvia, "quer os que nos escutam em Portugal, quer internacionalmente", "que o Estado português é um estado de direito, que honra as leis e os contratos que assina".
"É isso que estamos cá a fazer. Contra essas derivas só nos reforça a determinação em seguir em frente. Quanto mais difícil é mais determinado estou em seguir em frente, ninguém pense que nos vai amedrontar com maiorias negativas que só convergem para tentar impedir o que estamos a fazer. Se não há cão haverá gato, mas vamos lá fazer. O país não perdoaria se não fizéssemos o que temos de fazer, e se não honrássemos todos os compromissos".
No dia em que o Orçamento para 2021 é aprovado, o primeiro-ministro diz que é um documento que "tem uma dimensão de esperança", nomeando o pagamento a 100% do lay-off ou os mil milhões de euros a fundo perdido para micro, pequenas e médias empresas; e ainda o reforço que diz ter resultado daqui do SNS.
"É evidente que não é aprovação lei do orçamento do Estado que resolve de forma mágica todos os problemas do país. Mas para isso é indispensável termos esta ferramenta".