Notícia
CDS diz que cada um "tirará as suas ilações" sobre votação do IVA da eletricidade
O presidente do CDS-PP destacou hoje que o partido foi aquele que demonstrou "maior responsabilidade e maturidade política" quanto à redução do IVA da eletricidade, apontando que "cada um tirará as suas ilações" da forma como votou.
06 de Fevereiro de 2020 às 13:37
"Não deixa de ser curioso, nós que somos a direção mais jovem de um partido político em Portugal com assento parlamentar termos sido aqueles que, desde o início, revelaram a maior responsabilidade e maturidade política na condução deste processo, evitando crises que os portugueses não desejam nem esperariam que os partidos mergulhassem neste momento o país numa situação de verdadeira instabilidade", afirmou o novo líder dos centristas.
Uma delegação do CDS, composta por Francisco Rodrigues dos Santos e pelos vice-presidentes Filipe Lobo d'Ávila e António Carlos Monteiro, esteve hoje reunida com a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), para apresentar cumprimentos em nome da nova direção, eleita em congresso há pouco mais de uma semana.
Para o presidente centrista, "o CDS foi muito claro desde o início nesta matéria", uma vez que foi "o único partido que manteve a sua posição coerente do início até ao final deste processo", e "não poderia ser favorável a uma medida onde não estavam provada a sua sustentabilidade".
"No passado nós já vivemos episódios parecidos, e temos que aprender com eles", sustentou.
"Isto é, não andámos aos zigue-zagues, aos 'esses' nem às arrecuas", vincou, assinalando que "o CDS é um partido que evita as crises políticas, é um partido de bom senso, que quer apresentar respostas que sejam úteis aos portugueses, que protejam a economia das famílias, mas que não mergulhem o país no caos e na instabilidade".
Questionado se as suas palavras poderiam ser vistas como uma crítica ao PSD, que durante a manhã anunciou que votaria favoravelmente a proposta do PCP mas no momento da votação acabou por se abster, Rodrigues dos Santos salientou que "o CDS foi responsável do início ao fim, depois os outros partidos tirarão as suas conclusões".
"A verdade é que a última nota que eu tinha antes de entrar nesta reunião era que o PSD iria votar favoravelmente a proposta do Partido Comunista Português, acabou por se abster, portanto cada um tirará as suas elações", precisou.
"Eu não faço críticas ao PSD, eu quero qualificar a atitude do CDS, que é responsável, que foi coerente, previsível, segura e que não mergulhou o país no caos nem na instabilidade", reforçou.
Notando que os centristas apelaram "a que houvesse um entendimento entre os três partidos que compõem o arco da governabilidade", para mostrar "responsabilidade no tratamento desta matéria", o novo líder do CDS lamentou que o partido não tivesse sido ouvido.
"Infelizmente, este apelo lançado pelo CDS foi ignorado, na medida em que não foi possível chegarmos a um entendimento relativamente à descida do IVA na eletricidade, que o CDS também desejaria, a acabou por ceder a guerrinhas, a jogos de sombras e a condições que não acautelavam a sustentabilidade de uma medida que levava a um corte de 800 milhões de euros no campo da receita fiscal", considerou.
O parlamento confirmou hoje a manutenção do IVA da energia em 23%, depois de ter chumbado propostas de alteração do Orçamento do Estado para 2020 do PCP e do BE para baixar a taxa da eletricidade para 6% e 13%, respetivamente.
Em declarações aos jornalistas no final da reunião com a CIP, o presidente do CDS aproveitou também para destacar o "apreço e a satisfação" da direção "pelo excelente trabalho" desenvolvido pelo grupo parlamentar centristas "no quadro das negociações das propostas de alteração" ao OE2020.
"Acho que foi um desempenho absolutamente notável, onde o CDS conseguiu ver aprovadas cinco propostas de alteração ao Orçamento do Estado", acrescentou.
Sobre a reunião com a CIP, Francisco Rodrigues dos Santos assinalou que é um "parceiro privilegiado no quadro da concertação social" e a reunião acontece numa altura em "que se colocam desafios muito importantes à economia [portuguesa], designadamente a transformação digital, a competitividade, a produtividade e a conciliação da vida familiar com a vida profissional".
"O CDS é um partido que tem um olhar humanista nas relações laborais, não uma observação constante de guerra entre capital, trabalho e trabalho e capital. Queremos um justo equilíbrio de valores nesta mesma relação", vincou.
Por isso, o novo líder manifestou que o partido "está profundamente empenhado para que se apresentem soluções justas, equitativas do ponto de vista social e laboral, para fazer face aos desafios que se colocam no nosso mercado e ao crescimento da nossa economia".
Uma delegação do CDS, composta por Francisco Rodrigues dos Santos e pelos vice-presidentes Filipe Lobo d'Ávila e António Carlos Monteiro, esteve hoje reunida com a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), para apresentar cumprimentos em nome da nova direção, eleita em congresso há pouco mais de uma semana.
"No passado nós já vivemos episódios parecidos, e temos que aprender com eles", sustentou.
"Isto é, não andámos aos zigue-zagues, aos 'esses' nem às arrecuas", vincou, assinalando que "o CDS é um partido que evita as crises políticas, é um partido de bom senso, que quer apresentar respostas que sejam úteis aos portugueses, que protejam a economia das famílias, mas que não mergulhem o país no caos e na instabilidade".
Questionado se as suas palavras poderiam ser vistas como uma crítica ao PSD, que durante a manhã anunciou que votaria favoravelmente a proposta do PCP mas no momento da votação acabou por se abster, Rodrigues dos Santos salientou que "o CDS foi responsável do início ao fim, depois os outros partidos tirarão as suas conclusões".
"A verdade é que a última nota que eu tinha antes de entrar nesta reunião era que o PSD iria votar favoravelmente a proposta do Partido Comunista Português, acabou por se abster, portanto cada um tirará as suas elações", precisou.
"Eu não faço críticas ao PSD, eu quero qualificar a atitude do CDS, que é responsável, que foi coerente, previsível, segura e que não mergulhou o país no caos nem na instabilidade", reforçou.
Notando que os centristas apelaram "a que houvesse um entendimento entre os três partidos que compõem o arco da governabilidade", para mostrar "responsabilidade no tratamento desta matéria", o novo líder do CDS lamentou que o partido não tivesse sido ouvido.
"Infelizmente, este apelo lançado pelo CDS foi ignorado, na medida em que não foi possível chegarmos a um entendimento relativamente à descida do IVA na eletricidade, que o CDS também desejaria, a acabou por ceder a guerrinhas, a jogos de sombras e a condições que não acautelavam a sustentabilidade de uma medida que levava a um corte de 800 milhões de euros no campo da receita fiscal", considerou.
O parlamento confirmou hoje a manutenção do IVA da energia em 23%, depois de ter chumbado propostas de alteração do Orçamento do Estado para 2020 do PCP e do BE para baixar a taxa da eletricidade para 6% e 13%, respetivamente.
Em declarações aos jornalistas no final da reunião com a CIP, o presidente do CDS aproveitou também para destacar o "apreço e a satisfação" da direção "pelo excelente trabalho" desenvolvido pelo grupo parlamentar centristas "no quadro das negociações das propostas de alteração" ao OE2020.
"Acho que foi um desempenho absolutamente notável, onde o CDS conseguiu ver aprovadas cinco propostas de alteração ao Orçamento do Estado", acrescentou.
Sobre a reunião com a CIP, Francisco Rodrigues dos Santos assinalou que é um "parceiro privilegiado no quadro da concertação social" e a reunião acontece numa altura em "que se colocam desafios muito importantes à economia [portuguesa], designadamente a transformação digital, a competitividade, a produtividade e a conciliação da vida familiar com a vida profissional".
"O CDS é um partido que tem um olhar humanista nas relações laborais, não uma observação constante de guerra entre capital, trabalho e trabalho e capital. Queremos um justo equilíbrio de valores nesta mesma relação", vincou.
Por isso, o novo líder manifestou que o partido "está profundamente empenhado para que se apresentem soluções justas, equitativas do ponto de vista social e laboral, para fazer face aos desafios que se colocam no nosso mercado e ao crescimento da nossa economia".