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Carlos César: quem fala sobre Orçamento é o Governo

  O líder parlamentar do PS defendeu hoje o princípio de que até à entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2017 na Assembleia da República deverá falar o Governo e só depois, então, os partidos.

20 de Setembro de 2016 às 16:25
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Carlos César, também presidente do PS, assumiu esta posição após ter sido confrontado pela agência Lusa sobre a polémica em torno da possibilidade de avançarem novas medidas ao nível da tributação do património imobiliário no âmbito do Orçamento do próximo ano.

 

"Penso que devemos assentar metodologicamente num processo. E o processo é este: Sobre a proposta de Orçamento do Estado [para 2017] do Governo falará o Governo; depois de entregue a proposta de Orçamento na Assembleia da República falarão os partidos parlamentares, parceiros sociais e outras instituições que entenderem útil a sua intervenção", declarou Carlos César à agência Lusa.

 

Questionado sobre as críticas que têm sido feitas pelo PSD e CDS sobre a hipótese de estar em marcha um aumento de impostos em 2017, Carlos César contrapôs: "O compromisso é o da diminuição da carga fiscal".

 

Hoje, em Vila Nova de Gaia, numa declaração no mesmo sentido, o primeiro-ministro rejeitou discutir "avulsamente" propostas antes de ser conhecido o Orçamento do Estado, assegurando que "não haverá qualquer alteração à tributação ao património que seja prejudicial ao investimento e que introduza injustiça fiscal".

 

"Não vamos estar a discutir avulsamente propostas antes de ver o conjunto do Orçamento do Estado. Não vamos discutir propostas cujo desenho não está concluído e com base em hipóteses que tanto se podem confirmar como não [confirmar]. Aquilo que podemos dar de garantia é que certamente não haverá qualquer alteração à tributação ao património que seja prejudicial ao investimento e que introduza injustiça fiscal ou que afecte os rendimentos das famílias", disse António Costa.

 

O primeiro-ministro fez estas declarações depois de questionado sobre o teor de afirmações proferidas pela dirigente e deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, que na semana passada referiu estar a ser estudada uma taxação adicional para o património imobiliário de elevado valor, admitindo que poderia aplicar-se a partir de 500 mil euros, ou (numa medida mais limitada), a partir de um milhão de euros.

 

No sábado, durante a 'rentrée' política do PS, em Coimbra, Mariana Mortágua defendeu que no domínio da fiscalidade é preciso ir buscar a quem está a acumular dinheiro - posição que levou CDS-PP e PSD a considerarem que estará em curso um ataque às poupanças dos portugueses.

 

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