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Bloco de Esquerda quer alívio fiscal de 600 milhões no IRS

Catarina Martins defendeu a necessidade de “uma despesa fiscal em criação de escalões próxima dos 600 milhões de euros, no mínimo, para este Orçamento”. O Governo tem previsto no Programa de Estabilidade um envelope financeiro de 200 milhões de euros para actuar no IRS.

Miguel Baltazar
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Em entrevista à SIC Notícias, esta manhã, Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda (BE), defendeu que o Orçamento do Estado para o próximo ano deve conter um alívio fiscal na ordem nos 600 milhões de euros. E o Orçamento para 2019 deve conter "outro tanto".

"Achamos que é preciso, digamos assim, uma despesa fiscal em criação de escalões próxima dos 600 milhões de euros, no mínimo, para este Orçamento [2018], outro tanto no próximo, para podermos desfazer a enorme injustiça que foi criada por Vitor Gaspar", disse a líder do Bloco à estação.

Este valor é três vezes mais do que foi previsto pelo Governo e inscrito no Programa de Estabilidade. No documento, o Executivo prevê um envelope financeiro de 200 milhões de euros para actuar no IRS.

Quando questionada sobre o número de escalões, Catarina Martins não se quis comprometer, dizendo que "isso depende de como são feitos os escalões, onde é que eles ficam".

"Não é novidade para ninguém se disser que, para o BE, deve ser dada prioridade aos escalões mais baixos que já pagam impostos, porque há escalões muito baixos que acabam por não pagar impostos – pessoas que ganham muito pouco", assinalou. "Há ali uma parte, uma parte muito significativa da população portuguesa, que já paga impostos, tem salários muito baixos, e para quem os impostos são muito desproporcionados face àquilo que ganham. Para nós, a prioridade está nos escalões entre o primeiro e o segundo escalão de IRS. Essa é a nossa prioridade, criar aí mais escalões", acrescentou.

No início de Maio, Mariana Mortágua, em entrevista à Antena 1, tinham já apontado para a necessidade de alterações estruturais no IRS para o próximo ano. "Tem de haver uma alteração no IRS. Os escalões são importantes", afirmou à Antena 1. "O grosso das pessoas que pagam impostos estão no primeiro e segundo escalões e, quando se reduziram os escalões, essas pessoas passaram a pagar muito mais impostos. É preciso reduzir o IRS a essas faixas."

 

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