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BE quer obrigar Governo a passar privatização da TAP pelo Parlamento

Partido apresenta proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 que força Executivo a discutir e votar alienação, parcial ou total, da companhia aérea. Deputada Marisa Matias diz que se trata de uma questão de “transparência” e acredita que restante oposição acompanhará iniciativa.

14 de Novembro de 2024 às 10:45
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O objetivo é "obrigar o Governo a ir a jogo", assume a deputada do Bloco de Esquerda, Marisa Matias, para justificar a proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2025. Na iniciativa, a que o Negócios teve acesso, determina-se que "o Governo submeterá a discussão e votação na Assembleia da República qualquer alienação, total ou parcial, da participação social de que o Estado é titular na TAP".

"Entendemos que, sendo uma empresa estratégica, como é, tendo o papel estratégico na economia portuguesa, não podemos, de nenhuma forma, deixar apenas uma decisão desta natureza ao Governo", explica a deputada bloquista.

Na nota explicativa da proposta de alteração, o BE lembra que "no primeiro semestre de 2024, a atividade da TAP correspondeu a 2% do PIB (equivalente à Autoeuropa), adquirindo a cada ano mais de 1.000 milhões de euros em bens e serviços a empresas nacionais".

A proposta vai ser submetida a discussão e votação na fase de especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025), mas o partido acredita que poderá ser viabilizada. "Tem havido pronunciamento por parte dos diferentes partidos em relação à TAP. E creio que há um interesse de todos os partidos em poderem ter uma palavra a dizer nos destinos" da companhia, afirma Marisa Matias, na expectativa de que seja aprovada.

O Governo anunciou o relançamento do processo de reprivatização da TAP para concluir já em 2025, apontando que existem mais de 12 entidades interessadas em entrar no capital da companhia aérea, apontando o "sinal de que a TAP é apetecível", indicou o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, na audição no âmbito do OE 2025.

O Executivo traçou, no entanto, linhas vermelhas para a venda da empresa, independentemente da percentagem a alienar e do comprador: manter a marca, o hub e rotas estratégicas.

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