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Vice-chanceler alemão defende mais tempo para Portugal reduzir défice

Países como Portugal, Itália e França, que têm em curso reformas estruturais, devem poder ter mais folga para reduzir os seus défices, afirmou Sigmar Gabriel, parceiro do governo Merkel pelo SPD.

06 de Fevereiro de 2017 às 11:21
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O ministro dos Negócios Estrangeiros e vice-chanceler do governo de Angela Merkel defende que Portugal, à semelhança de países como Itália e França, deve poder ter mais tempo para reduzir os seus défices orçamentais, uma vez que estão a implementar reformas económicas.

"Àqueles que estão a implementar reformas - isso inclui Itália, França e Portugal - devemos dar-lhes tempo para reduzir os seus défices," afirmou este domingo Sigmar Gabriel, parceiro no governo pelo SPD, à emissora alemã ARD, citado pela Reuters.

Portugal deverá sair este ano do procedimento por défice excessivo, depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter anunciado que o país terá em 2016 o défice mais baixo dos últimos 40 anos, assegurando que não será superior a 2,3% do PIB.

No terceiro trimestre de 2016, Portugal registou o quarto maior défice entre os estados-membros (3% do PIB ajustado de variações sazonais e de calendário), enquanto França registou um défice de 3,5%. O Eurostat não disponibilizou, nessa data, valores para Itália. 


"A Europa não deve, tal como até agora, dividir-se mais entre Norte, Sul, Este e Oeste. (...) Não faz sentido não dar a França nem mais um milímetro quando o país está a gastar tanto [na operação militar] no Mali," afirmou o também colega de governo do ministro das Finanças Wolfgang Schäuble. 

De acordo com a agência AFX, o governante alemão acrescentou que a União Europeia deve apostar no crescimento e no emprego para que os cidadãos sintam que a Europa lhes está a dar algo.

O líder dos sociais-democratas alemães Sigmar Gabriel foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha no final de Janeiro, substituindo na pasta Frank-Walter Steinmeier, que será designado em Fevereiro como Presidente alemão.

Os sociais-democratas alemães partilham a mesma família política europeia que o PS português, o Partido Socialista Europeu. 

(Notícia rectificada às 11:50, substituindo referência a 2017 por 2016 no terceiro parágrafo)

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