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Vice-chanceler alemão defende mais tempo para Portugal reduzir défice
Países como Portugal, Itália e França, que têm em curso reformas estruturais, devem poder ter mais folga para reduzir os seus défices, afirmou Sigmar Gabriel, parceiro do governo Merkel pelo SPD.
O ministro dos Negócios Estrangeiros e vice-chanceler do governo de Angela Merkel defende que Portugal, à semelhança de países como Itália e França, deve poder ter mais tempo para reduzir os seus défices orçamentais, uma vez que estão a implementar reformas económicas.
"Àqueles que estão a implementar reformas - isso inclui Itália, França e Portugal - devemos dar-lhes tempo para reduzir os seus défices," afirmou este domingo Sigmar Gabriel, parceiro no governo pelo SPD, à emissora alemã ARD, citado pela Reuters.
Portugal deverá sair este ano do procedimento por défice excessivo, depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter anunciado que o país terá em 2016 o défice mais baixo dos últimos 40 anos, assegurando que não será superior a 2,3% do PIB.
"A Europa não deve, tal como até agora, dividir-se mais entre Norte, Sul, Este e Oeste. (...) Não faz sentido não dar a França nem mais um milímetro quando o país está a gastar tanto [na operação militar] no Mali," afirmou o também colega de governo do ministro das Finanças Wolfgang Schäuble.
De acordo com a agência AFX, o governante alemão acrescentou que a União Europeia deve apostar no crescimento e no emprego para que os cidadãos sintam que a Europa lhes está a dar algo.
O líder dos sociais-democratas alemães Sigmar Gabriel foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha no final de Janeiro, substituindo na pasta Frank-Walter Steinmeier, que será designado em Fevereiro como Presidente alemão.
Os sociais-democratas alemães partilham a mesma família política europeia que o PS português, o Partido Socialista Europeu.
(Notícia rectificada às 11:50, substituindo referência a 2017 por 2016 no terceiro parágrafo)