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PCP quer menos importações e mais produção nacional

O PCP considerou importante o crescimento económico de 2,8% revelado pelo Instituto Nacional de Estatística, mas alertou que os dados mostram também desequilíbrios como o aumento das importações, defendendo por isso um incremento da produção nacional.

Miguel Baltazar/Negócios
14 de Agosto de 2017 às 17:53
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"Temos de facto um crescimento económico de 2,8 por cento que é importante do ponto de vista da recuperação económica do país, mas ele é travado e de certa forma limitado pelos desequilíbrios que a economia revela: com o aumento do consumo, do investimento e das exportações têm aumentado significativamente as importações", sustentou Vasco Cardoso da Comissão Política do PCP, em declarações aos jornalistas na sede nacional do partido, em Lisboa.

 

"Pensamos que é preciso apoiar o aparelho produtivo nacional, é preciso apoiar a produção nacional, é preciso substituir importações pela produção nacional para permitir que este crescimento deixe de ser um elemento apenas de passagem, mas seja um elemento que se consolide no futuro", explicou Vasco Cardoso.

 

Neste sentido, o PCP olha para o próximo Orçamento do Estado de 2018 "pensando naquilo que são as necessidades do país".

 

"É uma evidência que este crescimento económico que se tem vindo a registar é um estímulo para que se prossiga o rumo da reposição de direitos e de rendimentos e não para que se regresse a períodos de cortes nos salários e nas pensões", afirmou o dirigente comunista.

 

"É com esse objectivo que vamos discutir este Orçamento do Estado, colocando em cima da mesa a necessidade de se ir mais longe do ponto de vista das pensões, das prestações sociais, dos salários, dos direitos dos trabalhadores da administração pública, do funcionamento dos próprios serviços públicos e do investimento que o país tanto precisa para defender a produção nacional", concretizou.

 

A economia portuguesa voltou a crescer 2,8% no segundo trimestre de 2017 face ao mesmo período do ano passado e, comparando com o trimestre anterior, cresceu 0,2%, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

 

De acordo com a estimativa rápida das contas nacionais trimestrais relativas ao período entre Abril e Junho, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 2,8% homólogos em volume, uma variação idêntica à registada no trimestre anterior.

 

A economia portuguesa mantém assim, pelo segundo trimestre consecutivo, o desempenho trimestral homólogo mais positivo dos últimos 10 anos, que iguala o crescimento verificado no último trimestre de 2007, período em que a economia portuguesa cresceu também 2,8%.

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