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Passos Coelho: Nenhuma previsão contraria a estratégia do Governo

Todas as previsões oficiais apontam para uma recuperação progressiva da economia e, nessa medida, avalizam a estratégia do Governo. Sobre o regresso aos mercados, antecipá-lo não seria necessário para financiar o Estado neste ano, mas pode ter impacto positivo sobre as condições de financiamento de toda a economia, diz o primeiro-ministro.

30 de Janeiro de 2013 às 15:16
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O primeiro-ministro considerou hoje que não há motivos que justifiquem uma alteração da estratégia económica que tem sido seguida pelo Governo, na medida em que todas as previsões de organismos oficiais apontam para uma progressiva recuperação da actividade económica.

 

“Se estivéssemos perante uma perspectiva de cepticismo, em que as previsões se fossem adensando negativamente e se esperasse uma recessão tão ou mais grave do que no ano anterior", aí haveria necessidade de "parar para rever a estratégia económica". "Mas não é isso que acontece”, respondeu Pedro Passos Coelho aos jornalistas, em declarações à margem de uma intervenção na Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP), em Gaia.

 

A previsão do Governo e da troika (BCE, CE e FMI) aponta para uma queda do PIB de 1% neste ano, após um recuo de 3% em 2012, seguida de um crescimento de 0,8% em 2014. Já o Banco de Portugal antecipa uma recessão mais cavada neste ano, com o PIB a recuar 1,9%, mas também uma recuperação mais forte no próximo (1,3%).

 

“Umas são mais pessimistas, outras mais optimistas”, mas todas as previsões apontam para que a economia caia neste ano menos do que em 2012 e regresse ao crescimento em 2014, realçou o primeiro-ministro, acrescentando que "o Governo tem estado a fazer, como lhe compete, tudo o que pode para maximizar essas expectativas", preparando o pós-troika.

 

"Quando colocámos na agenda pública o debate sobre a reforma das políticas públicas e a reforma do Estado temos, justamente, em mente uma fase nova do país, que é a fase pós 'troika'. Sabemos que encerraremos formalmente esse dossiê por Junho de 2014, mas é nesta altura, a um ano de distância, que preparamos esse caminho, não é em cima do joelho, em 2014", afirmou.

 

Sobre o progressivo regresso aos mercados financeiros, Passos Coelho disse que o processo está a ser executado “sem pressa”, até porque o Estado tem as necessidades de financiamento asseguradas para 2013. Mas a antecipação de emissões de mais longo prazo (como a que sucedeu na semana passada, que surpreendeu pela forte procura e pelo juro inferior a 5%) está também a ser estudada na expectativa de que possa acelerar uma subida do “rating” da República, com impacto positivo nos “ratings” dos bancos e, consequentemente, sobre as condições de financiamento de toda a economia. 

 

“O que temos de aproveitar são boas oportunidades para que, indo a mercado, possamos preparar uma transição que seja tranquila e duradoura de acesso pleno aos mercados de financiamento". "Se os bancos melhorarem o seu ‘rating’ porque a República o consegue, então daremos melhores condições para que a economia recomece mais cedo e melhor”, na medida em que será possível "transferir uma baixa dos juros para os bancos, empresas e famílias", argumentou o primeiro-ministro.

 

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