Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

IGF: Quatro entidades públicas gastaram quase 1,5 milhões em regalias ilegalmente

A Direcção-Geral de Saúde, a ANACOM, o IAPMEI e a Segurança Social gastaram quase 1,5 milhões de euros em remunerações, benefícios e regalias ilegalmente no ano passado, segundo o relatório de actividades da Inspecção-geral de Finanças (IGF) de 2014.

Bloomberg
11 de Agosto de 2015 às 20:36
  • ...

Estas quatro entidades auditadas pela IGF no ano passado gastaram um total de 1,329 milhões de euros em pagamentos de remunerações, benefícios e regalias "sem previsão legal ou em desconformidade com a previsão".

 

Esta é uma das conclusões do relatório de actividades da IGF, que detectou um total de 45,7 milhões de euros em processos irregulares da administração pública no ano passado e propôs correcções que podem levar a poupanças de 627 milhões de euros aos cofres do Estado.

 

Estes montantes já eram conhecidos, mas agora a inspecção liderada por Vítor Braz vem detalhar alguns desses casos, com a divulgação do relatório na página oficial da entidade.

 

Outra situação detectada pela IGF em 2014 é o caso de 113 aposentados com acumulação de funções públicas remuneradas, "envolvendo o pagamento irregular de pensões ou rendimentos de actividade no valor global estimado de 900.000 euros".

 

No que diz respeito ao desempenho global dos serviços de finanças, a IGF considera que o sector das execuções fiscais continua a ser extremamente preocupante, "quer em termos de carteiras de dívida pendente não suspensa (tramitável) e da pendente por motivos judiciais", mas também pelo "significativo valor da dívida que vem prescrevendo e do elevado insucesso (+50%) da Autoridade Tributária no âmbito do contencioso gerado com os contribuintes".

 

A entidade, tutelada pelo Ministério das Finanças, lembra que no final de 2012 o valor da dívida executiva pendente ascendia a 17,8 milhões de euros, dos quais 3,4 milhões "estava já declarada com falhas".

 

Mais de metade dessa dívida total estava pendente há mais de três anos e 43% ainda estava na fase inicial da tramitação em execução fiscal, escreve a IGF.

 

A inspecção-geral encontrou ainda "situações de potenciais irregularidades" de cerca de 217 milhões de euros por "omissões à matéria colectável/rendimento tributável de imposto sobre o rendimento [IRS e IRC] e base tributável de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)".

 

 

Ver comentários
Saber mais IGF Vítor Braz Autoridade Tributária Ministério das Finanças Valor Acrescentado banca
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio