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Endividamento da economia caiu para 334% do PIB em 2022
Crescimento da economia em 2022 foi "superior ao acréscimo do endividamento", o que permitiu reduzir o rácio de endividamento do país. Apesar disso, a dívida do Estado, empresas e particulares aumentou, em termos nominais, 19,1 mil milhões de euros para 793,8 mil milhões no ano passado.
"O aumento do PIB registado em 2022, superior ao acréscimo do endividamento, originou uma evolução dos indicadores do endividamento do setor não financeiro em percentagem do PIB contrária à observada para os valores nominais", explica o banco central liderado por Mário Centeno, na nota publicada sobre o endividamento da economia em 2022.
No caso das empresas privadas, entre o final de 2021 e o final de 2022, o endividamento total "cresceu 1,7%, o que correspondeu a uma diminuição de 1,7 pontos percentuais em relação ao ano anterior", nota o BdP. Essa diminuição foi "transversal a todos os setores, com exceção do setor do comércio, alojamento e restauração".
Do total de 793,8 mil milhões de euros de dívida das administrações públicas, empresas e particulares em 2022, 441,3 mil milhões de euros diziam respeito ao setor privado (empresas privadas e particulares) e 352,5 mil milhões de euros ao setor público (administrações públicas e empresas públicas).
Em comparação com 2021, o endividamento do setor privado aumentou 10,3 mil milhões de euros. Seguiu-se o endividamento do setor público com um aumento de 8,8 mil milhões de euros. Essa subida deu-se "principalmente junto das administrações públicas (5,2 mil milhões de euros) e dos particulares (3 mil milhões de euros)".
Já o endividamento das empresas privadas aumentou 5,5 mil milhões de euros, "traduzindo um aumento do endividamento perante o exterior (2,9 mil milhões de euros), o setor financeiro (1,8 mil milhões) e as empresas (1,0 mil milhões)".
Por outro lado, o endividamento dos particulares cresceu 4,8 mil milhões de euros, sendo este maioritariamente junto do setor financeiro (4,0 mil milhões de euros).