Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Défice aumenta 108 milhões face a 2015

O défice orçamental português no primeiro trimestre fixou-se nos 824 milhões de euros, refere uma nota do Ministério das Finanças. Esse valor representa um agravamento de 108 milhões face ao mesmo período de 2015. Governo justifica a variação com o aumento da despesa com juros.

Bruno Simão
26 de Abril de 2016 às 16:50
  • ...
Os números mostram um agravamento do défice, mas as Finanças desvalorizam essa evolução. No título do comunicado enviado há minutos pode ler-se: "execução orçamental no primeiro trimestre do ano em linha com as metas orçamentais definidas para 2016". O objectivo é sublinhar que o agravamento do défice a que se assiste nos primeiros três meses de 2016 resulta de factores extraordinários e que a meta do défice não está em causa.

"No primeiro trimestre de 2016, o défice das Administrações Públicas, na óptica da Contabilidade Pública, situou-se em 824 milhões de euros. Um aumento de 108 milhões de euros face a 2015 resultante em grande parte do aumento da despesa com juros em 343 milhões de euros", pode ler-se na nota enviada às redacções, ainda antes de estarem disponíveis os dados no site da Direcção-Geral do Orçamento. "No mesmo período, o saldo primário (excluindo o efeito dos juros) registou um excedente de 1.058 milhões de euros, traduzindo-se numa melhoria de 236 milhões de euros."

Esta degradação do saldo das Administrações Públicas veio de um crescimento de 0,2% da receita e de 0,8% da despesa. Segundo o Governo, este segundo movimento deveu-se ao "pagamento, pela primeira vez em 2016, de juros referentes à emissão de obrigações de Fevereiro de 2015", acrescentando que a despesa primária caiu 206 milhões. 

Quanto à receita, registou-se um aumento das contribuições sociais em paralelo com uma diminuição da receita fiscal. Quanto ao segundo indicador, o Ministério das Finanças aponta que ele está influenciado pelos reembolsos. "Descontando o efeito dos reembolsos, a receita fiscal aumentaria 3,4%", escrevem, o que a colocaria acima da previsão do Orçamento do Estado para a totalidade do ano.

(Notícia em actualização)
Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio