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Costa confiante na melhoria do "rating" de Portugal em breve

Em entrevista ao Handelsblatt, o primeiro-ministro português diz que o país não vê a necessidade de criar um banco mau para resolver o problema do crédito malparado.

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 30 de Maio de 2017 às 09:48
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António Costa espera que as agências de "rating" subam a notação financeira de Portugal. "Estou confiante que melhorem em breve as suas avaliações", afirmou o primeiro-ministro em entrevista ao jornal alemão Handelsblatt, que está a ser citada pela Reuters.

 

Têm sido vários os membros do Governo português a dar sinais sobre a previsão de subida do rating de Portugal ainda este ano.

 

O ministro da Economia, Caldeira Cabral, disse esperar que as agências de notação financeira melhorem o rating de Portugal "ainda neste ou no próximo ano", lembrando os números positivos da economia, do emprego e do défice.

 

Já o ministro das Finanças, Mário Centeno, mostrou-se mais optimista, perspectivando que as agências de "rating" vão retirar Portugal do nível de "lixo" depois do fim do Verão.

 

"Será importantíssimo na consolidação deste processo" de recuperação da economia portuguesa, referiu Mário Centeno em entrevista na semana passada à RTP3.

 

A Fitch é a primeira agência de "rating" com a opção de mexer na classificação de Portugal, tendo prevista uma actualização a 16 de Junho. O "rating" actual é de BB+ (a um nível de sair de "lixo") com perspectiva estável. Segue-se a Moody’s a 1 de Setembro e depois a Standard & Poor’s no dia 15 do mesmo mês.

 

Na mesma entrevista ao Handelsblatt, publicada em alemão e reservada a assinantes, António Costa liga a recuperação da economia portuguesa ao fim da austeridade e adianta que não vê a necessidade de criar um banco mau para resolver o problema do crédito malparado.

 

O primeiro-ministro português salienta que o Governo está a trabalhar com o Banco de Portugal para estabilizar o sector bancário, estando em perspectiva a criação de uma plataforma para os bancos coordenarem o reembolso dos créditos dos clientes, sendo que muitas empresas têm dívidas em atraso a várias instituições financeiras. Na mesma entrevista, António Costa afastou a necessidade de os bancos portugueses receberem mais ajuda estatal.

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