Notícia
Conselho de Finanças Públicas valida cenário macroeconómico da proposta de OE2022
Entidade liderada por Nazaré da Costa Cabral considera que as projeções do Governo são coerentes com as das restantes instituições que acompanham a economia portuguesa, mas alerta para "elevada incerteza" devido à guerra na Ucrânia e à subida da inflação.
O Conselho das Finanças Públicas (CFP) validou esta quarta-feira o cenário macroeconómico que consta na nova proposta de Orçamento do Estado (OE2022). A entidade liderada por Nazaré da Costa Cabral considera que as projeções do Governo são coerentes com as das restantes instituições que acompanham a economia portuguesa, mas aponta riscos.
"O CFP endossa o cenário macroeconómico subjacente à nova proposta de OE2022, que considera estar globalmente coerente com as projeções mais recentes para a economia portuguesa e que incorporam uma avaliação dos efeitos na economia nacional da invasão da Ucrânia pela Rússia", lê-se no parecer emitido pelo CFP à nova proposta orçamental.
Segundo o CFP, a previsão do Ministério das Finanças de que a economia cresça 4,9% este ano e a taxa de inflação se fixe em 4% "não difere significativamente das projeções do CFP e do Banco de Portugal" e "partilha naturalmente dos riscos" apresentados, como os de desaceleração da atividade económica e da subida da inflação em Portugal este ano.
O CFP diz ainda que o conflito na Ucrânia "introduz uma elevada incerteza nas perspetivas económicas", tendo em conta que "a evolução do conflito e as sanções impostas à economia russa têm impacto sobre o preço dos bens energéticos e de outras commodities [matérias-primas], bem como na confiança dos agentes económicos, nas condições de financiamento da economia e sobre os fluxos comerciais".
"Desconhecendo-se qual será a duração do conflito, a incerteza quanto à amplitude dos impactos e efeitos de arrastamento é exacerbada", o CFP diz que "essa incerteza já se está a refletir nos indicadores de conjuntura, tanto no indicador de confiança dos consumidores como no indicador diário de atividade económica do Banco de Portugal".
"O CFP endossa o cenário macroeconómico subjacente à nova proposta de OE2022, que considera estar globalmente coerente com as projeções mais recentes para a economia portuguesa e que incorporam uma avaliação dos efeitos na economia nacional da invasão da Ucrânia pela Rússia", lê-se no parecer emitido pelo CFP à nova proposta orçamental.
O CFP diz ainda que o conflito na Ucrânia "introduz uma elevada incerteza nas perspetivas económicas", tendo em conta que "a evolução do conflito e as sanções impostas à economia russa têm impacto sobre o preço dos bens energéticos e de outras commodities [matérias-primas], bem como na confiança dos agentes económicos, nas condições de financiamento da economia e sobre os fluxos comerciais".
"Desconhecendo-se qual será a duração do conflito, a incerteza quanto à amplitude dos impactos e efeitos de arrastamento é exacerbada", o CFP diz que "essa incerteza já se está a refletir nos indicadores de conjuntura, tanto no indicador de confiança dos consumidores como no indicador diário de atividade económica do Banco de Portugal".