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Cavaco Silva rompe consenso anti-sanções

Na reunião do Conselho de Estado, o ex-presidente da República terá lançado "um balde de água fria" sobre a posição anti-sanções manifestadas pelos demais conselheiros, escreve o jornal Público.

Bruno Simão/Negócios
Negócios 13 de Julho de 2016 às 08:49

A intervenção de Cavaco Silva na reunião do Conselho de Estado de segunda-feira, 11 de Julho, contrastou com o entendimento geral de que não se justificam sanções a Portugal, avança o jornal Público. Segundo o diário, coube também ao ex-Presidente da República a posição mais crítica relativamente ao actual Governo.

 

Segundo o jornal diário, a intervenção de Cavaco foi "um balde de água fria" no tom consensual em que a reunião decorreu. O ex-Presidente da República nunca se terá referido directamente às sanções, mas elencou as regras a que Portugal se submeteu – nomeadamente o Tratado Orçamental e os programas de estabilidade – para lembrar que há obrigação de reduzir o défice estrutural e de cumprir os compromissos assumidos.

Cavaco também terá desvalorizado a conjuntura externa de que o Governo se socorre para justificar o pior desempenho económico e as incertezas que o país enfrenta. A envolvente externa é igual para todos, terá lembrado, e as desacelerações de Angola, Brasil ou Espanha terão sido relativizadas.

 

Segundo o Público, a intervenção de Cavaco Silva foi interpretada por alguns dos presentes como a mais crítica ao Governo.


Concretamente a propósito dos efeitos do Brexit, Jorge Sampaio terá sugerido que Portugal tente criar um pensamento nacional sobre o futuro do projecto europeu. Já para Cavaco Silva este é um tema sobejamente estudado, tendo lembrado o relatório dos cinco presidentes das estruturas da União, de Junho de 2015.

Contactado pelo jornal Expresso, Cavaco Silva disse que não iria quebrar o sigilo inerente à função de conselheiro de Estado. Um assessor do ex-Presidente adiantou que Cavaco, "até ser alterado o regimento do Conselho de Estado, vai respeitar o dever de sigilo a que se obrigou no dia da tomada de posse".

(Notícia actualizada às 16:15 com reacção de Cavaco Silva )

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