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Schäuble admite medidas para aliviar dívida grega mas descarta novo perdão

Ministro das Finanças da Alemanha defende que a Grécia não deve recorrer a um novo “haircut” na dívida pública. Wolfgang Schauble acredita que a realização de uma operação deste tipo para reduzir a dívida pública do país vai “destruir qualquer confiança” que exista na Grécia.

18 de Julho de 2013 às 13:12
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O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, considera que não é do interesse do governo helénico promover um novo “haircut” na dívida pública.

 

“Se discutirem um haircut com o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira e com Mecanismo Europeu de Estabilidade – vai ser impossível e vão destruir qualquer confiança” que foi depositada na Grécia, alertou Schäuble, numa conferência de imprensa em Atenas, citada pela Bloomberg, e em resposta a uma pergunta sobre um “haircut” da dívida helénica.

 

A resposta de Schäuble surge numa altura em que a Grécia tem dado sinais que pretende um novo corte no valor da dívida, agora por parte dos credores institucionais. Já quando foi negociado o segundo pacote de ajuda ao país, os detentores privados de dívida do país tiveram de suportar um "haircut" da dívida heléncia.

 

Durante o encontro com os jornalistas em Atenas, o governante germânico defendeu, no entanto, que se a Grécia cumprir com o que prometeu, poderá ser estudado um alívio da dívida. “Se a Grécia cumprir com o que prometeu e tiver um excedente primário [ou seja, sem contabilizar os juros da dívida pública], aí vamos negociar e se necessário tomar medidas adicionais”.

 

Esta possibilidade tinha já sido admitida por Schäuble em 2012, quando admitiu novas operações de reestruturação da dívida grega. Se a Grécia cumprir a sua parte e “atingir um excedente orçamental primário (sem juros) significativo em 2016, os parceiros da Zona Euro, se necessário, avaliarão novas medidas de redução da dívida total”, afirmou Wolfgang Schäuble em Novembro do ano passado.

 

Ontem, o parlamento de Atenas aprovou um conjunto de diplomas que prevê mais austeridade, nomeadamente, sobre a função pública. Entre os documentos aprovados está um que permite o despedimento ou a transferência de sector ou área (um regime que assemelha-se ao da mobilidade em Portugal) na função pública.

 

A Bloomberg avançava, no dia de ontem, que a aprovação desta lei iria fazer com que 25 mil funcionários estatais ficassem em regime de mobilidade.

 

Segundo o Financial Times (FT), há mais de quatro mil polícias nas ruas de Atenas para garantir que não há desacatos durante a visita de Schauble.

 

O ministro grego do Desenvolvimento, Kostis Chatzidakis, citado pelo FT, confirmou que a Grécia está a criar uma parceria com o banco alemão KfW para o financiamento das pequenas empresas gregas.

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