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Salvini: "Já chegou a carta de Bruxelas? Agora esperamos a carta do Pai Natal"

É com uma exigência de respeito pelo povo italiano que Matteo Salvini reage à confirmação da rejeição da proposta orçamental transalpina por parte da Comissão Europeia. Ainda assim, o líder da Liga mostra-se disponível para "dialogar" com Juncker.

Reuters
21 de Novembro de 2018 às 13:33
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Ironia, apelo identitário e abertura ao diálogo, tudo isto está presente na reacção de Matteo Salvini à rejeição da proposta orçamental italiana hoje anunciada pela Comissão Europeia.

Questionado pelos jornalistas à margem de uma conferência sobre comércio, o líder da Liga e vice-primeiro-ministro respondeu, citado pelo La Repubblica, com ironia: "Já chegou a carta de Bruxelas? Muito bem, agora esperamos a carta do Pai Natal".

"Deixem-nos trabalhar. Parece-me desrespeitoso que sejam aplicadas sanções a uma proposta de orçamento que promove o crescimento", prosseguiu o também ministro italiano do Interior que diz não se meter nos orçamentos de outros países e que garante acreditar na bondade do esboço de orçamento transalpino.

O líder da Liga (extrema-direita) reiterou, porém, a abertura de Roma à "modalidade diálogo" com a Comissão, embora mantendo uma aparente inflexibilidade: "até que alguém me convença que a lei Fornero (última reforma ao sistema de pensões) é justa, eu não estou convencido".

Quanto à estratégia expansionista inscrita na proposta orçamental hoje formalmente chumbada pelo colégio de comissários, que temem um agravamento da dívida pública provocado pelo reforço da despesa, Salvini insiste que "se o país não cresce, a dívida aumenta, mas se o país crescer, a dívida cai".

No Facebook, Matteo Salvini apelou claramente ao seu eleitorado base com uma mensagem de cariz identitário, pedindo à Europa "respeito pelo povo italiano", sublinhando que Roma paga pelo menos mais 5 mil milhões de euros por ano do que recebe de Bruxelas.

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