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Primeiro-ministro diz que reforma da Zona Euro estará concluída em Junho

António Costa confirmou que a reforma da Zona Euro marcará a agenda do Conselho Europeu de Dezembro e revelou que no final do primeiro semestre de 2018 estarão "concluídos" os trabalhos relativos aos trabalhos preparativos de reforma da moeda única.

Miguel Baltazar/Negócios
20 de Outubro de 2017 às 16:06
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No final do Conselho Europeu que decorreu nos últimos dois dias em Bruxelas, o primeiro-ministro disse que os trabalhos com vista à reforma da Zona Euro estarão concluídos no final do primeiro semestre do próximo ano.

No briefing habitual após a conclusão dos trabalhos, António Costa confirmou que a reforma do bloco da união monetária será o "tema central da política europeia, que será desde já objectivo de uma cimeira [da Zona Euro] em Dezembro".

O chefe do Governo adiantou ainda que as medidas serão trabalhadas ao longo do primeiro semestre, que "será marcado por este debate". Os trabalhos estarão "concluídos em Junho do próximo ano", antecipou Costa.

Ainda a este respeito, o também secretário-geral do PS sustentou que a intenção é que "o euro seja não só uma moeda única mas uma moeda que dê benefícios comuns a todos os Estados que a partilham".

António Costa tem vindo a defender reformas como a criação de um orçamento comum – também defendido pelo presidente francês Emmanuel Macron e a que a chanceler alemã Angela Merkel deu parcial anuência – e de mecanismos capazes de corrigir as assimetrias e de promover a convergência entre os países-membros do euro.

 

Foram estas as ideias-chave transmitidas pelo primeiro-ministro em Julho, num debate sobre o futuro da Europa tendo como ponto de partido o Livro Branco apresentado pelo presidente da Comissão Europeia, e depois, em Agosto, na abertura do ano lectivo do Colégio da Europa, em Bruges. No entanto, ainda no início de 2017 António Costa notava que quaisquer avanços nesta matéria certamente não ocorreriam antes das eleições federais alemãs, que tiveram lugar em Setembro último.

E os resultados eleitorais não foram muito favoráveis às aspirações rumo a uma maior integração do euro, isto porque Angela Merkel ficou reduzida à possibilidade de negociar uma nunca tentada coligação tripartida entre democratas-cristãos da aliança CDU/CSU com os liberais do FDP e os ecologistas Verdes (coligação Jamaica).

São conhecidas as posições dos liberais relativamente à moeda única, que se aproximam mais da maior ortodoxia do partido-irmão bávaro (CSU) da CDU do que do mais convicto europeísmo do partido de Merkel. O FDP rejeita, por exemplo, a criação de uma "união de transferências" defendida por Macron.

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