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Portugal com a terceira inflação mais baixa da Zona Euro

Portugal, Grécia e Chipre foram os três países da Zona Euro que tiveram inflação negativa em outubro, segundo os dados do Eurostat. A inflação média do euro está em mínimos de três anos.

15 de Novembro de 2019 às 10:33
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A inflação da Zona Euro fixou-se nos 0,7% em outubro, em termos homólogos, de acordo com a segunda estimativa publicada pelo Eurostat esta sexta-feira, 15 de novembro, que confirma o número avançado na primeira estimativa. A taxa de inflação está em mínimos de três anos.

O crescimento de 0,7% dos preços no consumidor na Zona Euro em outubro é o mais baixo desde novembro de 2016 (0,6%). Desde então que a inflação tinha conseguido não baixar dos 1% com a contribuição da evolução do PIB e da política monetária expansionista do Banco Central Europeu (BCE).

A taxa mais baixa foi registada no Chipre (-0,5%), seguido da Grécia (-0,3%) e Portugal (-0,1%). No caso de Portugal, é de notar que este valor refere-se ao IHCP, um índice harmonizado para a União Europeia, e não ao valor divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) todos os meses e que em outubro aponta para uma inflação de 0%.

Na ótica do Eurostat, a economia portuguesa regista inflação negativa há quatro meses consecutivos. Segundo as previsões da Comissão Europeia, Portugal será o país da Zona Euro com a taxa de inflação (0,3%) mais baixa em 2019.

Em outubro, a maior taxa foi registada na Roménia (3,2%), seguida da Hungria (3%) e a Eslováquia (2,9%). Comparado com setembro, a taxa de inflação anual caiu em 15 Estados-membros, estabilizou em oito e aumentou em cinco. A média da União Europeia foi de 1,1% em outubro, baixando face aos 1,2% em setembro.

No agregado da Zona Euro, a maior contribuição para a inflação anual veio dos serviços (0,69 pontos percentuais), seguido dos alimentos, álcool e tabaco (0,29 pontos percentuais) e dos bens industriais não energéticos (0,07 pontos percentuais). Já a energia registou um contributo negativo (-0,32 pontos percentuais).

A inflação subjacente (core), que exclui os itens mais voláteis como a energia e os bens alimentares, fixou-se nos 1,2% em outubro - iguais aos 1,2% registados em setembro -, o que sugere que esta queda da inflação "headline" pode ser temporária.

Ainda assim, estes dados confirmam os receios do Banco Central Europeu (BCE) de que a evolução dos preços no consumidor continua aquém do objetivo de uma inflação próxima, mas abaixo de 2%.
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