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PIB da Zona Euro ficou acima do estimado, mas já há três países em contração

O crescimento homólogo da Zona Euro ficou acima do estimado no segundo trimestre, mas já há três países cuja economia está em contração.

Miguel Baltazar
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A economia da Zona Euro cresceu um pouco mais no segundo trimestre do que o estimado anteriormente, segundo a terceira estimativa divulgada esta sexta-feira, 6 de setembro, pelo Eurostat. 

O PIB cresceu 1,2% em termos homólogos, acima dos 1,1% inicialmente estimados. Assim, na comparação homóloga (face ao segundo trimestre de 2018), a economia do euro estabilizou no segundo trimestre dado que no primeiro trimestre também tinha crescido 1,2%. 

Contudo, mantém-se a desaceleração em cadeia (de um trimestre para o seguinte) de 0,4% para 0,2%. É este indicador que permite ver a tendência e que mostra de forma mais evidente a travagem da economia da Zona Euro no primeiro semestre de 2019.

Os dados do Eurostat já incluem mais países da União Europeia (ainda em falta estão o Luxemburgo, Irlanda e Malta). Entre os 25 Estados-membros para os quais há dados, há três que contraíram no segundo trimestre: Reino Unido (-0,2% em cadeia), Suécia (-0,1%) e Alemanha (-0,1%). Contudo, na comparação homóloga, apenas Itália - que estagnou em cadeia - contrai (-0,1%).

Também no agregado da União Europeia o PIB foi revisto em alta na comparação homóloga de 1,3% para 1,4%.

Portugal, onde o PIB cresceu 0,5% em cadeia, ficou mesmo no meio da tabela: há 12 países a crescer mais e 12 países a crescer menos do que a economia portuguesa. Ainda assim, como as maiores economias estão na parte inferior da tabela, o que contribui para a média ser mais baixa, Portugal cresceu acima da média da Zona Euro e da União Europeia. 

Consumo e investimento dão contributo positivo
De acordo com o Eurostat, tanto o consumo privado como o investimento (privado e público) contribuíram de forma positiva para o PIB no segundo trimestre. O consumo privado cresceu 0,2% na Zona Euro ao passo que o investimento aumentou 0,5%. 

Já a balança externa (exportações menos importações) deu um contributo negativo para o crescimento da economia da Zona Euro. As exportações ficaram inalteradas, mas as importações cresceram 0,2%. As mudanças nos 'stocks' não tiveram impacto na evolução do PIB da Zona Euro.

Criação de emprego abranda mas ainda bate recordes

Os dados do Eurostat mostram que o número de empregados aumentou 0,2% na zona euro e 0,3% no conjunto da União Europeia, comparando com o primeiro trimestre. O ritmo de crescimento do emprego está mais lento (nos primeiros três meses do ano as subidas tinham sido de 0,4% e de 0,3%, respetivamente) e a mesma tendência verifica-se na análise dos números em termos homólogos.

No entanto, o número de pessoas empregadas continua a bater recordes: no segundo trimestre deste ano estavam 241,4 milhões de pessoas empregadas na União Europeia, das quais 160 milhões na zona euro. "Estes são os níveis mais altos de emprego alguma vez registados, nas duas regiões", sublinha o Eurostat.

Comparando com o nível mais baixo de sempre, que na zona euro se registou no segundo trimestre de 2013, no auge da crise financeira, já foram criados mais 11,2 milhões de postos de trabalho. No conjunto da União Europeia, desde o ponto mais baixo de sempre, registado no primeiro trimestre de 2013 também durante a grande crise, o ganho de emprego foi de 17,3 milhões.

Olhando para as grandes economias, verifica-se que tanto a Alemanha, como o Reino Unido, apesar de estarem em contração económica, conseguiram pequenos aumentos de emprego na ordem dos 0,1% e dos 0,4%, respetivamente, em termos trimestrais, ajustados de sazonalidade. França e Espanha também viram o emprego crescer, ambos os países com registos de 0,3%. Portugal registou uma quebra de 0,6%, segundo estes dados do Eurostat, que são ajustados de sazonalidade.

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