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Merkel a favor de um ministro das Finanças e orçamento para a Zona Euro

A chanceler alemã, Angela Merkel, manifestou hoje apoio à ideia de um ministro das Finanças e um orçamento comum para a Zona Euro, de "pequenas quantias", para ajudar países sem margem para gastos devido às regras europeias.

Angela Merkel é a Mais Poderosa 2015
A famosa pergunta que terá sido feita por Kissinger passou a ter resposta inequívoca. É a Angela Merkel que se telefona quando se precisa de resolver um problema na Zona Euro, na Europa, e até além dela. O seu poder é mais visível nos momentos difíceis. E é por isso que  regressa ao pódio em 2015. Foi ela que teve na mão a chave de soluções, embora precárias, para dilemas globais: a guerra na Ucrânia, a crise grega e o drama humano dos refugiados e imigrantes.
29 de Agosto de 2017 às 13:27
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Na tradicional conferência de imprensa de verão e apenas a quatro semanas das eleições gerais da Alemanha, a governante argumentou a favor da reconversão do fundo permanente de resgate num fundo monetário europeu e revelou estar a estudar com Paris a criação de um cargo de ministro das Finanças para a Zona Euro.

"Rapidamente posicionei-me a favor de um orçamento comum para o euro, mas não um com centenas de milhões, mas com pequenas quantias para começar. Para fazer reformas quando não há margem do PEC. Para apoiar", explicou.

Este orçamento teria como principal propósito "ajudar na fase das reformas", segundo Merkel, exemplificando com o caso de Espanha.

A governante apoiou para a Zona Euro, a proposta do seu ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, de converter o Mecanismo Europeu de Estabilidade, num instrumento semelhante ao Fundo Monetário Europeu.

Esta seria "uma importante reforma" que possibilitaria uma maior estabilidade e mostraria que a Europa tem "mecanismos na Zona Euro para superar bem as situações inesperadas".


À criação do cargo de ministro das Finanças para os países que utilizam o euro, Merkel afirmou não se opor ao conceito, até porque mantem conversas sobre as competências do novo cargo com o presidente francês, Emmanuel Macron.


Para a líder alemã, o mais interessante de um ministro da Economia e Finanças da Zona Euro era a promoção da competitividade e a capacidade para apoiar financeiramente certos países que apresentem planos de reforma.


A chanceler sublinhou que os dados macroeconómicos estão a melhorar na Zona Euro, que todos os países apresentam crescimento e que está a descer a taxas de desemprego, mas reconheceu que "não se ultrapassaram todos os problemas".

Quanto à Grécia, a alemã notou que a situação está a melhorar, mas evitou quaisquer prognósticos sobre mais um eventual resgate financeiro para o país que actualmente vive o seu terceiro.

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