A inflação na Zona Euro manteve-se estável em 0,1% em Novembro, o mesmo valor registado em Outubro, divulgou o Eurostat esta quarta-feira, 2 de Dezembro.

Os dados ficaram aquém do esperado, já que os economistas antecipavam que a taxa de inflação homóloga ficasse nos 0,3% no mês passado. 

Em Novembro, a inflação foi suportada sobretudo pela subida de 1,5% dos preços dos alimentos, álcool e tabaco – o maior crescimento homólogo entre os diversos componentes deste indicador. Já os preços dos serviços deverão ter registado um crescimento homólogo de 1,1%, e dos bens industrias não-energéticos de 0,5%.

Pelo contrário, a energia ofereceu um contributo negativo, com os preços a descerem 7,3% face a Novembro do ano passado. Ainda assim, o decréscimo é inferior ao observado em Outubro (-8,5%). 

A evolução dos preços na Zona Euro é um dos principais condicionadores das decisões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que tem como objectivo garantir uma inflação próxima, mas abaixo de 2%.

Os dados do Eurostat mostram que a inflação baixa persiste – estando muito distante da meta do banco central – o que poderá constituir mais um argumento para Mario Draghi anunciar, já esta quinta-feira, um reforço dos estímulos à economia. 

O Eurostat revelou ainda que, na Zona Euro, os preços na produção industrial caíram 0,3% em Outubro, face ao mês anterior, enquanto na União Europeia o decréscimo foi de 0,2%.  

Em termos homólogos – ou seja, em comparação com Outubro de 2014 – as descidas foram de 3,1% na região da moeda única e de 3,5% na União Europeia. 

(Notícia actualizada às 10:29)