A taxa de inflação na Zona Euro subiu de 1,3%, em Abril, para 1,9%, em Maio, o nível mais elevado desde Abril do ano passado, revelou o Eurostat esta sexta-feira, 15 de Junho, confirmando os números da primeira leitura avançada no final do mês passado.

O crescimento dos preços na região da moeda única aproximou-se, assim, da meta do Banco Central Europeu (BCE) que é de uma taxa de inflação próxima, mas abaixo de 2%.  

Quanto à União Europeia, o índice de preços no consumidor subiu 2% em Maio, face ao mesmo mês do ano passado, depois do avanço de 1,5% observado em Abril.

Contudo, a aceleração da subida dos preços foi fortemente influenciada por factores temporários, que se prendem com o aumento dos preços do petróleo e a desvalorização do euro, que encarece os produtos importados.

Excluindo a energia, cujos preços aumentaram 6,1% em Maio, face ao mesmo mês de 2017, a inflação fixou-se em 1,4% na Zona Euro.

Em relação ao mês anterior (Abril 2018), a taxa de inflação aumentou em 26 Estados-membros da União Europeia, caiu em um e ficou estável em um.

As taxas mais baixas foram observadas na Irlanda (0,7%) e Grécia (0,8%) e as mais elevadas na Roménia (4,6%) e Estónia (3,1%). Em Portugal, fixou-se em 1,4%.

Os números da inflação - um indicador determinante para as decisões de política monetária do banco central - são conhecidos um dia depois de o BCE ter indicado que o seu programa de compra de activos será reduzido para metade em Setembro, e eliminado em Dezembro, e que os juros só deverão subir no Outono do próximo ano.