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Greve geral na Grécia contra encerramento da televisão pública
As duas centrais sindicais dos sectores público e privado na Grécia convocaram para esta quinta-feira uma greve geral e apelaram a concentrações frente à sede da radiotelevisão pública ERT, encerrada compulsivamente pelo Governo na terça-feira.
As divergências na coligação "direita-esquerda" que dirige a Grécia há um ano agravaram-se na noite de terça-feira, quando os ministros da Nova Democracia (ND), liderada pelo primeiro-ministro conservador Antonis Samaras, assinaram um ato legislativo que implicou o encerramento da ERT.
A emissão foi interrompida perto da meia-noite, e desde então apenas é possível sintonizar a ERT, fundada há 60 anos, na internet ou por sinal analógico em algumas regiões da Grécia.
Na quarta-feira, os socialistas do Pasok, liderados por Evangelos Venizelos, e da esquerda moderada Dimar, de Fotis Kouvelis, que integram o Governo de coligação dirigido por Samaras, apelaram para uma "reunião tripartida" relacionada com o encerramento da radiotelevisão pública ERT.
Venizleos e Kouvelis apelaram à reabertura da televisão pública, mas referiram estar de acordo com a reestruturação do organismo, criticado pelo seu clientelismo e má gestão.
O encerramento da ERT, efectuado por uma força policial que anulou o sinal emissor, fomentou "um ambiente de crise política e institucional", considerou ainda Venizelos, pilar do Governo de coligação, durante uma reunião do seu grupo parlamentar.
O líder do Pasok apelou ao primeiro-ministro para "salvaguardar a unidade e o futuro do Governo" de coligação, formado há cerca de um ano após as legislativas de 17 de Junho.