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Eurogrupo discute planos orçamentais para 2017 e dívida grega

  Os ministros das Finanças da zona euro vão discutir na próxima segunda-feira, em Bruxelas, na sua última reunião de 2016, os planos orçamentais submetidos pelos Estados-membros à Comissão Europeia, assim como a questão da dívida grega.

Reuters
03 de Dezembro de 2016 às 10:25
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De acordo com a agenda da reunião, os trabalhos começarão com um debate sobre os projectos orçamentais dos países da zona euro para 2017, com base nos pareceres adoptados pela Comissão Europeia a 16 de novembro, tendo um alto responsável do Eurogrupo indicado que a discussão centrar-se-á nos planos que o executivo comunitário identificou como estando em risco de incumprimento, devendo os ministros dos oito Estados-membros abrangidos explicar como tencionam cumprir os objetivos do Pacto de Estabilidade e Crescimento.

 

Nesse sentido, Mário Centeno será um dos ministros convidados a explicar aos seus parceiros como tenciona o Governo português cumprir as metas, já que Portugal foi um dos países cujo plano orçamental Bruxelas considerou acarretar riscos de incumprimento, juntamente com Bélgica, Chipre, Finlândia, Itália, Lituânia, Eslovénia e Espanha.

 

O caso português não é todavia dos mais preocupantes para a Comissão, que no parecer adoptado a 16 de Novembro considerou que o esboço orçamental de Portugal "coloca um risco de incumprimento" tendo em conta as exigências para 2017 a que o país está obrigado, mas assinalando que o desvio encontrado tem uma "margem muito estreita".

 

Os trabalhos do fórum de ministros da zona euro, presidido por Jeroen Dijsselbloem, prosseguirão depois com um ponto da situação sobre a segunda avaliação do programa de ajustamento económico da Grécia, na sequência da missão de avaliação que teve lugar em meados de novembro.

 

Em função dos progressos alcançados no contexto da segunda avaliação, o Eurogrupo deverá voltar a analisar a questão das medidas relacionadas com a dívida e o envolvimento do FMI no programa da Grécia, tendo já o Governo francês sublinhado a importância de se alcançar um acordo neste último Eurogrupo de 2016 sobre medidas para aliviar a dívida grega no curto prazo.

 

"A partir do início do próximo ano será difícil encontrar um acordo", devido à realização de eleições em diversos Estados-membros, designadamente França, Alemanha e Holanda, advertiu o ministro das Finanças francês, Michel Sapin, segundo o qual é então necessário "utilizar ao máximo a janela de oportunidade" que agora se apresenta.

 

Por fim, o Eurogrupo adoptará também o seu programa de trabalho para o primeiro semestre do próximo ano.

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