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Economistas alemães defendem mecanismo de insolvência para os países do euro

Um grupo de assessores económicos do Governo alemão, conhecidos como “wise men”, considera também que a saída de um país da união monetária não deve ser tabu. O abandono do euro pode acontecer como “último recurso”.

Bloomberg
Negócios 29 de Julho de 2015 às 11:36
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O painel de assessores económicos independentes do Governo alemão favorece a criação de um mecanismo de insolvência para os países da Zona Euro e defende que estes possam abandonar a moeda única como "último recurso".  

Num relatório publicado esta terça-feira, 28 de Julho, o conselho de cinco especialistas, conhecidos como "wise men" ("homens sábios"), refere que a crise grega mostrou que são necessárias mais reformas, tais como um procedimento de insolvência, para tornar a Zona Euro mais estável.

No entanto, o grupo de economistas salienta que deve ser possível que um país possa abandonar a Zona Euro como "último recurso", para evitar uma ameaça à existência da moeda única.

"Numa união monetária, as regras básicas devem ser respeitadas e, por essa razão, a saída de um estado-membro não deve ser tabu, porque, de outra forma, os parceiros são susceptíveis à chantagem", explicou Lars Feld, membro do conselho, citado pela Reuters.

Feld referiu ainda que o conselho vê um terceiro resgate à Grécia como "o passo certo", desde que Atenas implemente as reformas necessárias.

Na perspectiva do grupo de economistas, o mecanismo de insolvência avaliaria se um país que pede ajuda financeira ao fundo de resgate da Zona Euro foi "apanhado" numa crise orçamental extrema. Se sim, seria necessária uma reestruturação da dívida, através da extensão das maturidades ou de um perdão de dívida.

No relatório, o painel de assessores económicos mostra-se ainda desfavorável à ideia apresentada pelo presidente francês François Hollande de criar um "Governo" da Zona Euro, apoiado por um "orçamento específico" e controlado democraticamente por um "parlamento" próprio. 

"Tornar a Zona Euro colectivamente responsável por custos potenciais sem os estados-membros abrirem mão de qualquer soberania nacional sobre políticas fiscais e económicas tornaria - mais cedo ou mais tarde - a união monetária mais instável", explicam os especialistas.

 

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