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Bancos cipriotas só voltam a abrir na quinta-feira

O Banco do Chipre determinou que os bancos só regressarão à normalidade na próxima quinta-feira, dia 21 de Março, anunciou fonte oficial do banco central.

Negócios 18 de Março de 2013 às 15:52
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“Terça e quarta os bancos estão fechados”, afirmou fonte próxima do assunto à Reuters. Uma informação que viria mais tarde a ser confirmada por fonte oficial do banco central do Chipre.  

 

O Banco do Chipre determinou que o fecho dos bancos cipriotas seja alargado mais dois dias. Hoje, 18 de Março, é feriado no Chipre, devido à “Segunda-feira Verde” – o primeiro dia de comemorações da Páscoa ortodoxa – e por isso, os bancos estão encerrados. Mas, devido ao imposto que deverá ser implementado sobre os depósitos e para evitar uma corrida aos balcões, as autoridades terão decidido prolongar o fecho dos bancos.

 

Em causa está o resgate financeiro acordado entre os membros do Eurogrupo na última sexta-feira, dia 15 de Março. Chipre vai receber 10 mil milhões de euros, mas em contrapartida terá de implementar algumas medidas. A que gerou maior polémica é o aumento dos impostos sobre os depósitos. Uma medida que gerou o pânico entre os cipriotas que, durante o fim-de-semana, tentaram levantar o dinheiro das suas contas.

 

Contudo, as contas foram bloqueadas, sem que fosse possível retirar o dinheiro. De acordo com a imprensa estrangeira, está a ser possível fazer levantamentos, mas de valores reduzidos para evitar saídas de dinheiro em massa do país. O imposto que deverá ser aplicado, incidirá sobre os levantamentos e transferências, precisamente para garantir que não há uma fuga em massa.

 

Numa primeira versão, a proposta apontava para que o imposto fosse de 6,75% para depósitos bancários até 100 mil euros e de 9,9% para montantes superiores a este valor. Entretanto, os números sofreram algumas alterações para atenuar o impacto do imposto sobre os depósitos mais baixos, de acordo com a imprensa internacional.

 

A proposta que estará a ser preparada passa por taxar em 3% os depósitos abaixo de 100 mil euros, menos do que os 6,75% anteriores e introduz-se uma nova fasquia: os depósitos acima de 500 mil euros “pagam” 15%. Os depósitos entre 100 mil e 500 euros "pagam" 10%.

 

Mas nada disto é ainda oficial. A discussão está a ser feita e, para que o impostos seja implementado é preciso que seja aprovado no Parlamento.

 

Os deputados vão reunir-se amanhã, terça-feira, para debaterem e votarem a introdução deste imposto. Contudo, não é será uma tarefa fácil, isto porque é necessário a aprovação de uma maioria parlamentar e o partido do presidente Nicos Anastasiades não a tem. Tendo já havido alguns partidos que anunciaram que vão votar contra.

 

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