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Bancos alemães: Imposto sobre depósitos faz sentido no caso do Chipre
O presidente da Federação de Bancos Alemães, Andreas Schmitz, saudou hoje o acordo alcançado para o resgate financeiro ao Chipre e considera que a taxa sobre os depósitos é uma medida justificada no caso do Chipre.
"Estou satisfeito que se tenha encontrado uma solução antes do esperado para o Chipre. Com este acordo, teremos mais estabilidade na zona euro", disse o representante dos bancos alemães em declarações ao jornal alemão Rheinische Post, citado pela agência EFE.
Segundo Andreas Schmitz, o imposto aplicado sobre os depósitos bancários tem de ser encarado como "uma medida extraordinária e excepcional" que, no caso do Chipre, tem razão de ser.
O alemão considera que o Chipre tem um sector bancário sobredimensionado e, por isso, não pode ser comparado com outros países europeus.
O acordo alcançado na madrugada de sábado pelo Eurogrupo vai permitir ao país receber um empréstimo de 10 mil milhões de euros das entidades internacionais, mas também obrigada à aplicação imediata de uma taxa sobre todos os depósitos bancários que atinge os 6,75% até aos 100 mil euros e passa a 9,9% acima dos 100 mil euros.
Além disto, os juros que seriam pagos pela aplicação das poupanças dos clientes em depósitos são retidas na fonte, como imposto também, e o país é obrigado a aumentar a taxa de IRC de 10% para 12,5%.