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Secretário-geral da OCDE defende imposto sobre depósitos bancários no Chipre
Angel Gurria, considerou hoje que a taxa imposta aos depósitos bancários no Chipre é preferível aos "graves prejuízos" que os depositantes teriam em caso de colapso do sector financeiro cipriota.
"Hoje, todos os que têm depósitos no Chipre protestam contra o imposto, mas deviam estar satisfeitos, porque a alternativa seria, naturalmente, terem prejuízos graves", afirmou o dirigente da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE). "Poderia haver perdas enormes" sem assistência financeira, insistiu, acrescentando que um plano de ajuda sem contrapartidas seria um encorajamento a comportamentos de risco.
"É um plano original e garantem-nos que não será um precedente" para outros países da zona euro, disse ainda Gurria, numa entrevista à Radio France Internationale e ao canal televisivo TV5 Monde.
A Zona Euro e o FMI chegaram a acordo, no sábado de manhã, quanto a um plano de resgate de 10 mil milhões de euros a Chipre em troca da aplicação de um imposto excepcional sobre os depósitos bancários.
Os que têm mais de 100 mil euros no banco terão de pagar 9,9% e os outros depositantes pagam 6,75%. Esta taxa deverá render 5,8 mil milhões de euros.