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Alemanha rejeita alívio da dívida da Grécia

Barack Obama, na sua visita a Atenas, disse que tinha chegado a altura para um alívio de dívida da Grécia. A Alemanha já reagiu, rejeitando este cenário.

16 de Novembro de 2016 às 16:01
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O presidente dos EUA, Barack Obama, esteve nesta semana na Grécia, tendo defendido que a economia helénica precisa de espaço para poder crescer e que é chegada a hora para encontrar uma solução duradoura para a dívida grega.

 

Esta quarta-feira, 16 de Novembro, o porta-voz do ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, reiterou o que já tem sido defendido por Berlim: não haverá qualquer perdão de dívida, entendido como corte no seu valor nominal, embora haja abertura para voltar a flexibilizar as condições de reembolso dos empréstimos europeus que, desde 2010, garantem o essencial do financiamento ao país.

 

"Quem quer que diga ‘vamos aliviar as vossas dívidas’ está a prejudicar a Grécia", afirmou o porta-voz de Schäuble, Steffen Seibert, citado pela Reuters.

 

O porta-voz do Ministério das Finanças acrescentou que estas declarações não foram uma resposta directa a Obama, que já se encontra em Berlim.

 

"Reparámos que o Presidente Obama realçou a importância de um alívio de dívida. O grupo do euro acordou em Maio sobre um calendário exactamente sobre esse tema… tendo em consideração medidas de curto prazo, e mais tarde em 2018, medidas de médio prazo", sublinhou o porta-voz de Schäuble, Steffen Seibert, durante uma conferência de imprensa.

 

Em Maio, o Eurogrupo confirmou abertura para rever as condições de pagamento da dívida grega, designadamente voltar a estender os prazos de reembolso e os de carência de juros, mas ficou igualmente estabelecido que essas medidas que só entrariam em vigor no final do programa de ajustamento em curso, em 2018, e no pressuposto de que sejas implementadas as reformas assumidas por Atenas no Verão de 2015 a troco deste terceiro resgate.


"A nossa posição não mudou. A visita de Obama não mudou nada", acrescentou Seibert.

 

O mesmo responsável alemão adiantou que, na visão de Berlim, "para um crescimento de longo prazo são necessárias duas coisas: um orçamento sustentável e, por outro lado, a necessidade de reformas estruturais. Esta foi sempre a nossa visão e tem sido a nossa base para as políticas relativas à Grécia", acrescentou.

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