António Vieira da Silva acredita que a União Europeia vai "percorrer um caminho novo" depois da decisão do Reino Unido de sair da União Europeia. Mas a "União Europeia tem que ser capaz de dar uma resposta sólida e coerente e que não deve ser precipitada". 

Nesse sentido, a União Europeia deve "retomar políticas que favoreçam o crescimento e a criação de emprego, a criação de emprego jovem e diminuam as desigualdades", sublinhou o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. A União Europeia deve ter a "capacidade de construir um conjunto de políticas que mobilize os cidadãos europeus em torno de uma Europa Unida", afirmou à margem de uma conferência sobre a reforma nas pensões e a crise financeira. 

Vieira da Silva acredita que saber o que vai acontecer agora "não é uma antevisão simples de fazer", mas que esta é uma "má notícia para a União Europeia", como tem sido sublinhado por vários responsáveis europeus nos últimos dias.

Para o ministro, "é óbvio que existem razões para esta decisão", pois a "União Europeia tem vindo a perder a capacidade de mobilizar em torno do projecto e isso não será alheio a esta decisão". 

Quanto à situação dos portugueses no Reino Unido, Vieira da Silva compreende que "haja incerteza e, em alguns casos, alguma angústia", mas a comunidade portuguesa está "profundamente enraizada" no mercado de trabalho do Reino Unido. 

O ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social adiantou que o governo "tem dedicado uma particular atenção" à situação destes portugueses.