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União Europeia admite novas sanções à Rússia

A chefe da diplomacia europeia reconhece que nas "próximas duas semanas" Bruxelas poderá vir a aplicar novas sanções à Rússia devido ao intensificar da tensão entre Moscovo e Kiev ao largo do Mar de Azov, junto à península da Crimeia, unilateralmente anexada pela Rússia.

19.ª Federica Mogherini (União Europeia)
É a chefe da diplomacia na União Europeia. Subiu da 36.ª posição com o acordo com o Irão que pôs fim ao embargo económico àquele país, que se comprometeu a pôr fim ao programa nuclear. A Forbes conta, ainda, com o seu papel na crise da Ucrânia, nas dos migrantes e no conflito Israelo-palestiniano.
Reuters
18 de Fevereiro de 2019 às 17:39
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A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, admitiu hoje que a União Europeia (UE) pode impor novas sanções à Rússia "nas próximas duas semanas", devido à tensão entre Moscovo e a Ucrânia, no mar de Azov.

"Sim, pode haver decisões por unanimidade sobre novas sanções nas próximas duas semanas relacionadas com os últimos acontecimentos, como também houve novas sanções impostas no ano passado na sequência de desenvolvimentos no terreno", indicou a Alta Representante da UE para a Política Externa.

A 25 de novembro, a Rússia apresou três navios de guerra ucranianos ao largo da Crimeia e deteve os 24 elementos a bordo, acusando-os de terem entrado ilegalmente nas suas águas territoriais.

Tratou-se do primeiro confronto militar aberto entre os dois países desde a anexação da península ucraniana da Crimeia em 2014 e do início do conflito no leste da Ucrânia entre as forças governamentais de Kiev e as forças separatistas pró-russas, que já fez, até à data, mais de 10.000 mortos.

"Queremos ver uma evolução positiva e estaremos sempre dispostas a reconsiderar [as sanções], mas neste momento assistimos ao contrário: mais acontecimentos negativos no terreno", comentou Mogherini aos jornalistas em Bruxelas, onde hoje estiveram reunidos os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 28.

A chefe da diplomacia europeia recordou que o objetivo da imposição de sanções não é que estas se prolonguem no tempo, mas sim que funcionem como um meio de pressão.

A política italiana recordou que, nos últimos cinco anos, a UE não só impôs sanções como também manteve a união em torno dessas sanções, que têm sido constantemente renovadas, nomeadamente pelo desrespeito pelos acordos de Minsk.

A Alemanha e a França negociaram, em 2015, com a Ucrânia e a Rússia, os Acordos de Minsk ao abrigo dos quais terminaram os confrontos em larga escala no Leste da Ucrânia entre forças do país e separatistas pró-russos, não se tendo chegado a um cessar-fogo.

Em 13 de dezembro, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) decidiram "por unanimidade" prolongar as sanções económicas à Rússia.

As sanções económicas prorrogadas por esta decisão incluem a limitação do acesso aos mercados de capitais primário e secundário da UE por parte de cinco das principais instituições financeiras que pertencem maioritariamente ao Estado russo e das suas filiais com participação maioritária do Estado russo fora da UE, bem como por parte de três das principais empresas da Rússia no setor da energia e três das suas principais empresas no domínio da defesa.

A UE renovou ainda a proibição de importação e exportação de armas e a exportação de bens de dupla utilização para fins militares ou destinados a utilizadores finais militares na Rússia, restringindo ainda o acesso deste país a determinados serviços e tecnologias sensíveis, suscetíveis de serem utilizados na produção e exploração de petróleo.

Estas sanções são reconduzidas de seis em seis meses desde julho de 2014.

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