Notícia
Maior fabricante automóvel da Rússia alerta para risco de insolvência com sanções dos EUA
Oleg Deripaska, multimilionário que controla o grupo automóvel, avisa para os riscos de falência e posterior nacionalização da GAZ Group, caso as sanções impostas pelos Estados Unidos não sejam levantadas.
17 de Abril de 2019 às 11:03
A fabricante automóvel russa GAZ Group poderá não escapar a uma situação de insolvência se os Estados Unidos não a retirarem da lista de empresas que estão a ser alvo de sanções económicas. O alerta foi deixado pelo próprio dono da maior produtora de automóveis da Rússia, o multimilionário Oleg Deripaska.
A GAZ Group opera, atualmente, com licenças atribuídas pelo departamento de controlo de ativos estrangeiros dos Estados Unidos, que permitem que outras empresas colaborem com o grupo russo. Contudo, se as sanções não forem levantadas, estas licenças vão expirar em julho, pelo que qualquer entidade que se envolva em negócios com a fabricante russa poderá ser alvo de penalizações por parte dos Estados Unidos.
As sanções contra várias empresas russas, bem como empresários a título individual (onde se incluem Oleg Deripaska e a GAZ Group), foram impostas pelo governo de Donald Trump no ano passado, como retaliação contra a a anexação da Crimeia, ainda no início de 2015. Em outubro de 2018, o dono da GAZ Group apresentou uma proposta junto das autoridades norte-americanas para que as sanções fossem levantadas, mas ainda não obteve qualquer resposta e diz não haver conversações a decorrer.
"A empresa pode ir à falência e ser nacioalizada", afirmou o Deripaska, na sede do grupo, citado pela Bloomberg. Mesmo que o Estado venha a tomar o controlo da produtora automóvel, poderão perder-se milhares de postos de trabalho, acrescentou.
Não se conhece, para já, qual será a decisão das autoridades norte-americanas quanto a esta empresa. No caso da United Co. Rusal, grupo do setor do alumínio que também já foi controlado por Deripaska, os Estados Unidos concederam várias extensões das licenças, para evitar a perturbação dos mercados. As sanções a esta empresa acabaram por ser levantadas em janeiro, depois de o multimilionário russo ter concordado em ceder o controlo das empresas.
Quanto à GAZ Group, Deripaska diz estar disponível para reduzir a influência no grupo, mas admite que as probabilidades de as negociações com os Estados Unidos correrem bem são baixas. Isto porque a GAZ opera exclusivamente na Rússia, ao contrário da Rusal, que tem uma dimensão mundial, pelo que há pouco incentivo para os norte-americanos levantarem as sanções a este grupo.
A GAZ Group opera, atualmente, com licenças atribuídas pelo departamento de controlo de ativos estrangeiros dos Estados Unidos, que permitem que outras empresas colaborem com o grupo russo. Contudo, se as sanções não forem levantadas, estas licenças vão expirar em julho, pelo que qualquer entidade que se envolva em negócios com a fabricante russa poderá ser alvo de penalizações por parte dos Estados Unidos.
"A empresa pode ir à falência e ser nacioalizada", afirmou o Deripaska, na sede do grupo, citado pela Bloomberg. Mesmo que o Estado venha a tomar o controlo da produtora automóvel, poderão perder-se milhares de postos de trabalho, acrescentou.
Não se conhece, para já, qual será a decisão das autoridades norte-americanas quanto a esta empresa. No caso da United Co. Rusal, grupo do setor do alumínio que também já foi controlado por Deripaska, os Estados Unidos concederam várias extensões das licenças, para evitar a perturbação dos mercados. As sanções a esta empresa acabaram por ser levantadas em janeiro, depois de o multimilionário russo ter concordado em ceder o controlo das empresas.
Quanto à GAZ Group, Deripaska diz estar disponível para reduzir a influência no grupo, mas admite que as probabilidades de as negociações com os Estados Unidos correrem bem são baixas. Isto porque a GAZ opera exclusivamente na Rússia, ao contrário da Rusal, que tem uma dimensão mundial, pelo que há pouco incentivo para os norte-americanos levantarem as sanções a este grupo.