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Raquel Oliveira: "Temos de acalmar as pessoas"

Raquel Oliveira, líder do Centro de Apoio à Comunidade Lusófona, conta que “têm chovido telefonemas”. As pessoas querem saber como obter o cartão de residente.

26 de Junho de 2016 às 19:48
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O Centro de Apoio à Comunidade Lusófona vai começar a fazer sessões de esclarecimento à população.

Perto de Little Portugal, em Londres, Raquel Oliveira acaba de ser eleita presidente do Centro de Apoio à Comunidade Lusófona. E já antecipa muito trabalho. Afinal, nos últimos dias "têm chovido imensos telefonemas". Em particular para saberem como podem pedir o cartão de residente no Reino Unido.

A partir desta segunda-feira, o Centro vai começar a fazer sessões de esclarecimento para as pessoas terem toda a informação, até porque o pedido requer o preenchimento de um formulário de 90 páginas em inglês e acarreta custos, diz Raquel Oliveira. Um agregado de quatro pessoas poderá pagar até 260 libras para obter esse cartão.

Quem está registado na segurança social há mais de seis meses e vive há dois anos pode pedir o cartão de residente provisório. Ao fim de cinco pode pedir o permanente. Se tiverem o cônjuge nalguma dessas situações podem, também, pedir. Os pedidos são extensíveis ao agregado directo.

Se até agora havia muita gente que não via necessidade em fazer essa mudança de residência, agora o caso pode mudar de figura, admite Raquel Oliveira que veio para o Reino Unido há dois anos e meio ter com o marido, juntamente com os dois filhos menores. É arquitecta mas começou a prestar serviço voluntário no Centro até chegar à presidência. Já está empregada. E admitiu ao Negócios que alterou agora a morada, mas não pelo Brexit. Foram questões que apelidou de logísticas que a levou a isso.

"As pessoas têm de fazer contas, mas agora pode ser vantajoso requererem o cartão", diz Raquel Oliveira, salientando, no entanto, que cada caso será um caso. O que tem, no entanto, de ser feito para já é "acalmar as pessoas", ansiosas pela informação que recebem de todos os lados. E as mudanças acontecerão, acredita Raquel Oliveira, só depois de dois anos.

Já a cidadania britânica, que pode ser pedida só depois de ter a residência permanente e mediante um teste sobre a história do país, escrito e falado. Os custos pode chegar às 1.500 libras. Não é frequente este pedido e Raquel Oliveira acrescenta também que "quando o RU sair da União Europeia, também não me parece que a cidadania inglesa possa interessas a muita gente", mas tudo depende "das regras do jogo".

* Enviada especial do Negócios a Londres
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