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Numa espécie de concurso na sede de campanha do leave

O Negócios assistiu à conferência de imprensa de Boris Johnson, Michael Gove e Gisela Stuart.

24 de Junho de 2016 às 12:59
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"You, in. You, in". Com o dedo apontado o responsável de comunicação da campanha Vote Leave, a oficial, escolhia os jornalistas que à porta da torre de Westminster recebiam autorização para entrar numa sala onde Boris Johnson e Michael Gove iriam reagir ao referendo. Lutaram pelo Brexit e venceram. Primeiro entraram os câmaras de televisão. Depois os fotógrafos. A impresa a seguir, mas aquela que garantia mais audiência. E por fim os jornalistas estrangeiros. Os portugueses que ali estavam conseguiram entrar.

 

A sala era pequena, ia dizendo o responsável. O Negócios entrou. Afinal espaço era coisa que não faltava. Uns minutos depois entravam na sala Boris Johnson, Michael Gove e Gisela Stuart. Foi a primeira a falar. A representante do partido trabalhista. "O Reino Unido continuará a ser um bom vizinho" declarou Gisela stuart.

 

Os jornalistas na sala esperavam por ouvir Boris Johnson e Michael Gove, ambos referidos como potenciais candidatos a sucessores de David Cameron à frente do partido conservador e, claro, do país. Não foi disso que falaram. Ambos despediram-se no entanto de Cameron, prestando-lhe tributo. Um homem corajoso, disse Johnson.

 

Agradeceu-lhe ter convocado o referendo, tendo concordado com a sua decisão de não invocar já o artigo 50. "Este referendo não deixa o Reino Unido desunido", dizendo que "acima de tudo podemos mostrar a nossa voz ao mundo".

 

Michael Gove foi o último a falar. Também prestou tributo a Cameron, com quem aliás trabalha e de quem sempre foi amigo. Aliás foi Cameron que trouxe Gove para a política. Cameron, disse Gove, será recordado como "um grande primeiro-ministro".

 

Este é um novo capítulo, concluiu, mas deixando a certeza de que o Reino Unido é inclusivo,tolerante, generoso e aberto aos negócios e ao comércio e a outras culturas. É aberto ao mundo. Os três responsáveis – dois do partido conservador e uma do trabalhista – controlaram euforias. Mostraram até postura de estado. E deixaram a conferência sem mais declarações. Nomeadamente sobre os respectivos futuros políticos. 

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