Notícia
FMI fecha sede em Atenas 10 anos depois
O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai fechar a sede que alberga uma delegação que tem em Atenas desde 2010. Em Portugal, a sede do FMI foi fechada em 2015.
10 anos depois, a sede do Fundo Monetário Internacional (FMI) da delagação permanente em Atenas vai fechar nos próximos meses. O anúncio foi feito esta terça-feira, 7 de janeiro, pelo primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis.
Este é uma decisão simbólica após uma década inteira em que a Grécia esteve sob três programas de ajuda financeira, num resgate total de 290 mil milhões de euros, dois dos quais com o dinheiro e a intervenção direta do FMI. Foi em agosto de 2018 que o último programa foi encerrado oficialmente, permanecendo uma vigilância da troika até o país ter reembolsado grande parte da sua dívida.
"A Grécia continuará a cooperar [com o FMI], mas como um país que já saiu da enquadramento da vigilância apertada do FMI", afirmou o primeiro-ministro grego, citado pelo Politico, na sequência de uma visita à sede principal do FMI em Washington. Para Mitsotakis arranca assim um "novo capítulo" na relação entre Atenas e o FMI com uma "relação de cooperação positiva".
"A relação com o FMI nem sempre foi fácil, mas acho que há entendimento sobre assuntos importantes, tal como a necessidade de reduzir os excedentes primários em 2021", disse, referindo-se às maiores exigências europeias que contam com a discordância do FMI. Kyriakos Mitsotakis espera ter uma discussão com os Estados-membros para mudar essas metas.
O encerramento das sedes locais do FMI após o fim do programa de ajuda financeira é uma prática comum. Em 2015, o FMI encerrou a sede que tinha em Lisboa, na Avenida da República, após a "saída limpa" do programa em maio de 2014. No entanto, o Fundo manteve uma maior monitorização da economia portuguesa até recentemente Portugal ter reembolsado antecipadamente a totalidade da dívida contraída.
Essa estratégia também está a ser seguida pelas autoridades gregas. Em novembro de 2019, a Grécia reembolsou 2,7 mil milhões de euros ao FMI, cuja dívida tem um juro mais elevado do que a das instituições europeias. Os reembolsos antecipados ajudam a reduzir o serviço da dívida assim como a ganhar credibilidade junto dos investidores. De acordo com o Governo, essa estratégia é para manter em 2020 assim que houver a aprovação dos Estados-membros.
Num dos mais recentes relatório do FMI sobre a economia grega, o Fundo disse que o atual Governo grego está a dar os passos necessários para melhorar a economia. "O novo Governo merece crédito por ter desbloqueado as privatizações e por ter forçado a digitalização e desregulamentação para as empresas", escreveram os técnicos do FMI. Há um ano, o Fundo pedia à Grécia para criar folgas orçamentais que permitam diminuir os impostos e aumentar o investimento público.
Este é uma decisão simbólica após uma década inteira em que a Grécia esteve sob três programas de ajuda financeira, num resgate total de 290 mil milhões de euros, dois dos quais com o dinheiro e a intervenção direta do FMI. Foi em agosto de 2018 que o último programa foi encerrado oficialmente, permanecendo uma vigilância da troika até o país ter reembolsado grande parte da sua dívida.
"A relação com o FMI nem sempre foi fácil, mas acho que há entendimento sobre assuntos importantes, tal como a necessidade de reduzir os excedentes primários em 2021", disse, referindo-se às maiores exigências europeias que contam com a discordância do FMI. Kyriakos Mitsotakis espera ter uma discussão com os Estados-membros para mudar essas metas.
O encerramento das sedes locais do FMI após o fim do programa de ajuda financeira é uma prática comum. Em 2015, o FMI encerrou a sede que tinha em Lisboa, na Avenida da República, após a "saída limpa" do programa em maio de 2014. No entanto, o Fundo manteve uma maior monitorização da economia portuguesa até recentemente Portugal ter reembolsado antecipadamente a totalidade da dívida contraída.
Essa estratégia também está a ser seguida pelas autoridades gregas. Em novembro de 2019, a Grécia reembolsou 2,7 mil milhões de euros ao FMI, cuja dívida tem um juro mais elevado do que a das instituições europeias. Os reembolsos antecipados ajudam a reduzir o serviço da dívida assim como a ganhar credibilidade junto dos investidores. De acordo com o Governo, essa estratégia é para manter em 2020 assim que houver a aprovação dos Estados-membros.
Num dos mais recentes relatório do FMI sobre a economia grega, o Fundo disse que o atual Governo grego está a dar os passos necessários para melhorar a economia. "O novo Governo merece crédito por ter desbloqueado as privatizações e por ter forçado a digitalização e desregulamentação para as empresas", escreveram os técnicos do FMI. Há um ano, o Fundo pedia à Grécia para criar folgas orçamentais que permitam diminuir os impostos e aumentar o investimento público.
