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Finlândia diz que o Brexit será tão "doloroso" que ninguém vai querer imitar

O ministro finlandês das Finanças acredita que a saída do Reino Unido da UE será muito agonizante, em termos económicos, desincentivando outros de seguirem o mesmo caminho.

DR
21 de Abril de 2017 às 07:52
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Depois de já ter sido apontada como provável seguidora do Reino Unido no processo de saída da União Europeia, a Finlândia mostra que não será esse o seu caminho.

Numa entrevista à Bloomberg, o ministro finlandês das Finanças garantiu que, em vez de mostrar aos outros membros que é possível abandonar o bloco regional, o Brexit vai revelar o quão agonizante é o processo, em termos económicos, e desincentivar os seus parceiros de seguirem o mesmo rumo.

"Este divórcio, depois de 40 anos de casamento, será tão doloroso que ninguém vai querer passar pelo mesmo", afirmou Petteri Orpo. "Acredito que será um precedente que ninguém vai querer seguir".  

Para o ministro das Finanças, a determinação do Reino Unido em avançar com o Brexit está, pelo contrário, a criar mais união entre os restantes 27 membros do bloco, tornando-o mais determinado do que antes. Nesse sentido, considerou o governante, "se esse espírito permanecer, levará a Europa para a frente".

"Não deve haver qualquer abrandamento no desenvolvimento da UE por causa do Brexit", acrescentou Orpo. "Pelo contrário, devemos esforçar-nos ainda mais".

A Finlândia, o único país nórdico que aderiu ao euro, juntou-se à União Europeia em 1995. Após o anúncio do referendo no Reino Unido, pelo então primeiro-ministro britânico David Cameron, chegou a ser apontado – juntamente com outros países como a Holanda – como possível candidato a seguir os britânicos. A convocação de um referendo sobre a permanência no euro chegou mesmo a ser discutida no parlamento.  

No caso do Brexit, as negociações políticas em torno do Artigo 50 só vão começar depois das inesperadas eleições que a primeira-ministra britânica anunciou esta semana para o próximo dia 8 de Junho, segundo avançou, na quarta-feira, o presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker. 

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