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Europa procura alternativas ao gasoduto South Stream
Após a Rússia ter desistido da construção do gasoduto South Stream, as autoridades europeias negoceiam com os países do Mar Cáspio a construção de um sistema de gasodutos que una a região com a Europa.
Os ministros da Energia da União Europeia falaram esta terça-feira, 9 de Dezembro, sobre o gasoduto South Stream, cuja construção foi suspensa, no passado dia 1 de Dezembro, pelo governo russo.
Apesar de que a decisão do executivo de Vladimir Putin ainda não ter sido comunicada oficialmente a Bruxelas, os Estados-membros já estão a procurar alternativas. Uma das possibilidades que tem mais força é a denominada rota do sul, que vai desde as costas do Azerbeijão no Mar Cáspio, passando pela Turquia até a Europa. Com esta nova estrutura, a União Europeia poderá diversificar as suas fontes de energia e reduzir a dependência energética da Rússia.
"Estamos a pensar em convocar uma espécie de comité para ver quais são as principais problemas do projecto" referiu o vice presidente da Comissão Europeia para a União Energética, Maros Šefcovic, citado pela agência noticiosa Efe.
Šefcovic acredita que o "Corredor Sul", "uma rede de canais destinada a trazer gás e petróleo desde o Mar Cáspio", pode reduzir a dependência europeia das importações russas. Os responsáveis europeus afirmaram que os contactos e as negociações com as autoridades do Azerbeijão estão a avançar.
Neste momento, trabalha-se num calendário que estabelece a materialização do projecto para 2019. Segundo Šefcovic, a Turquia expressou a importância do projecto para o país. Igualmente, o ministro turco da Energia mostrou-se disposto a cumprir com os prazos propostos.
Esta nova rota inclui um sistema de gasodutos como o de "Nabucco", "White Stream" ou o gasoduto transadriático que ligarão a Europa com a Geórgia e a Turquia.
Vladimir Putin anunciou a 2 de Dezembro que não tinha chegado a um acordo com a Bulgária, tendo por isso desistido do projecto South Stream e decidido optar por uma alternativa através da Turquia. "Não conseguimos as permissões necessárias da Bulgária, e por isso não podemos continuar com o projecto. Não podemos fazer um investimento destes para depois sermos parados na fronteira búlgara", afirmou, na altura, o presidente russo. "Claro, esta é a escolha dos nossos amigos na Europa".