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Olli Rehn: Europa arruma casa mas ainda não há espaço para complacências

Todos os países ao abrigo dos programas de ajuda externa estão a conseguir arrumar as suas casas. Com determinação, muitas vezes com esforços dolorosos da parte dos seus cidadãos, e sempre com a inabalável solidariedade dos parceiros europeus. Sim, estes dados positivos são bem vindos, mas ainda não há espaço para complacências. Esta é a crença de Olli Rehn, Comissário Europeu para os Assuntos Financeiros e Monetários, expressa no seu blogue.

Bloomberg
14 de Agosto de 2013 às 11:56
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Olli Rehn, Comissário Europeu para os Assuntos Financeiros e Monetários, deu as boas vindas aos dados que revelam que a Zona Euro teve um crescimento acima do que era expectável, alertando, no entanto, contra a “ideia prematura e auto-congratulatória de que a crise acabou”, acrescentando que os fundamentos da reposta da Europa estão correctos.

 

Durante o Verão foi sempre equacionada a possibilidade da União Europeia atingir o seu ponto de viragem, ainda que de forma frágil. Os dados do PIB do trimestre confirmam as expectativas, e sugerem que a Europa está gradualmente a ganhar cada vez mais ímpeto. Também os indicadores relacionados com o sentimento económico e com a produção industrial, bem como a tendência para o desemprego descer são dados que parecem estar a animar a Europa.

 

Os mercados bolsistas revelam ganhos consistentes, e os juros da dívida dos países periféricos da Zona Euro estão em queda lenta, ainda que de forma consistente, providenciando estabilidade financeira nas economias mais tensas. Segundo as previsões da Comissão Europeia, a recuperação em 2014 deverá ser mais sólida, desde que a Europa continue a evitar novas crises políticas, prejudiciais para os mercados.

 

Os dados apoiam ainda, na opinião de Olli Rehn, os fundamentos da resposta à

Espero que não se crie a ideia prematura e auto-congratulatória de que a crise acabou.
 
Olli Rehn

crise: uma política onde a construção de uma cultura de estabilidade e a busca de reformas estruturais que apoiam o crescimento e o emprego andam de mãos dadas. Para que esta política funcione é necessário que as bases da economia sejam fortes: é por isso que a casa está a ser arrumada, com a indústria financeira a ser posta no seu lugar. Não há dúvida de que as acções decisivas do Banco Central Europeu estão a ter um impacto positivo no apoio dos mercados no curto prazo, diz o comissário europeu.

 

Todos os países ao abrigo dos programas de ajuda externa estão a conseguir arrumar as suas casas. Com determinação, muitas vezes com esforços dolorosos da parte dos seus cidadãos, e sempre com a inabalável solidariedade dos parceiros europeus. Os dados económicos são agora positivos, mas não há espaço para complacências. “Espero que não se crie a ideia prematura e auto-congratulatória de que a crise acabou”, escreve Olli Rehn, no seu blogue.

 

Ainda há muitos obstáculos para superar, que passam pelo fortalecimento do crescimento, a diminuição do desemprego em países como a Espanha e a Grécia, especialmente nos mais jovens, que estão a criar uma geração perdida. A implementação de reformas nos países mais frágeis ainda é prematura, por isso, o caminho a percorrer ainda é longo.

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