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"Egoísmos nacionais têm de ceder perante os valores da UE", alerta Marcelo

O Presidente da República alertou esta quarta-feira, num discurso no Parlamento Europeu, que é necessária ação rápida e estabeleceu sete pontos "mais um" de extrema importância não só para o mandato de 2024, mas também para o presente.

Julien Warnand / EPA
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Alertando para os riscos dos vazios deixados na União Europeia e que podem ser aproveitado pelos movimentos populistas, o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa no Parlamento Europeu foi de louvor e alerta à União Europeia (UE).

O Presidente da República elencou "uma, mais sete questões" que devem pautar o próximo ciclo, que irá de 2024 até 2029, cujas eleições vão ser realizadas no próximo ano.

Marcelo começou por garantir que Portugal tem sempre estado na "linha da frente da defesa europeia", alertando que quando discursou, no início do seu primeiro mandato era "outro hemiciclo, outro tempo e outro mundo".

Sobre a guerra na Ucrânia, a primeira prioridade para o chefe de Estado, é necessária uma "paz mora, justa e legal", que permita igualmente "prevenir outras guerras".

As sete questões seguintes prendem-se com a UE como potência global e o papel da União no futuro; de que UE estamos a falar, sendo que a resposta do Presidente é "sim com alargamento e com a melhor preparação possível, porque apenas a preparação torna o êxito possível; o poder económico da União, cuja recuperação "tem de ser acelerada"; em termos de governação, não adiar a "clareza" das linhas económico-financeiras para o futuro; o relacionamento com outros continentes que não podem ser adiados e face ao qual os "egoísmos nacionais têm de ceder perante os valores da UE"; a liderança no "clima, na ciência, na tecnologia e no digital" e, em sétimo lugar, a União tem de estar "atenta à juventude" e a acelerar a "mudança geracional, não esquecendo os jovens sacrificados pela pandemia e pela guerra".

Marcelo Rebelo de Sousa alertou também que é necessária uma Europa que "rejuvenesça o sistema económico, político e social dos Estados-membros, porque se não for assim, criará vazios para aquilo que muitos chamam populismo". E se isso acontecer, continuou Marcelo, "será por nossa culpa e não por culpa dos populismos".

Posto isto, terminou o chefe de Estado português, existem dois caminhos antes das eleições de 2024. Um deles é de gestão do dia a dia e "resolver o imediato esperando pelo resultado das eleições" e um segundo que implica "não ficar apenas por ideias de vagas, ou debates de pormenor institucional", evitando os tais "vazios, frustrações e afastamentos".

O Presidente da República anunciou também hoje ter convidado a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, para participar numa reunião do Conselho de Estado. "Estamos muito contentes por a ter connosco em Portugal em junho, [...] sendo uma convidada de honra no Conselho de Estado", anunciou Marcelo Rebelo de Sousa.
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