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Custos salariais na Zona Euro não aumentavam tanto desde 2012

Os custos das empresas com o trabalho aumentaram em 2018 ao maior ritmo em seis anos.

19 de Março de 2019 às 10:42
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Os custos salariais das empresas da Zona Euro aumentaram 2,2% em 2018, acelerando face à subida de 2% registada em 2017. Este é o maior aumento desde 2012, segundo os dados anuais atualizados pelo Eurostat esta terça-feira, 19 de março.

Este é o maior aumento percentual em seis anos - em 2012, os custos salariais tinham aumentado 2,2% -, o que dá um sinal de que os salários estão a aumentar à medida que a taxa de desemprego baixa para mínimos históricos na Europa.

Os custos salariais pagos pela entidade empregadora englobam o salário base, os prémios, os subsídios, o pagamento por trabalho extraordinário e o pagamento em géneros.

Focando apenas nos salários, o aumento na Zona Euro foi de 2% em 2018, ligeiramente abaixo dos 2,1% registados em 2017. Foram os outros custos do trabalho a dar um impulso: cresceram 2,7%, o maior aumento percentual desde 2011 (2,9%). 

No agregado da Zona Euro, usando o ano de 2012 como a referência do índice (=100), os custos do trabalho cresceram 9,8% nos últimos seis anos. 

No caso de Portugal, os custos salariais aceleraram em 2018 para o maior aumento em nove anos.

Portugal destaca-se no quarto trimestre por efeito temporário
No quarto trimestre do ano passado, os custos salariais por hora trabalhada aumentaram 2,3% na Zona Euro, travando face à subida de 2,5% no terceiro trimestre. Os custos com salários aumentaram 2,3% ao passo que os outros custos - que têm um peso inferior - subiram 2,4%.

Na comparação por Estados-membros, Portugal destaca-se por registar a terceira maior subida (10,3%), apenas superado pela Roménia (13,1%) e pela Letónia (11,8%). Contudo, este aumento é explicado por um efeito temporário na comparação homóloga.

Em 2017, metade do subsídio de natal dos funcionários públicos tinha sido pago em duodécimos ao longo do ano. Já em 2018 o pagamento foi feito integralmente no quarto trimestre, dando um impulso à variação nesse período sem que tenha existido, na realidade, um aumento dos custos do trabalho.
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