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Costa: Líderes da UE de acordo sobre "atitude de firmeza clara" face a Trump

Os líderes europeus falaram esta sexta-feira "bastante", em La Valetta, sobre as relações com os Estados Unidos, mostrando-se unidos na necessidade de a Europa ter "uma atitude de firmeza clara" face à nova administração norte-americana, disse o primeiro-ministro, António Costa.

Bruno Simão/Negócios
03 de Fevereiro de 2017 às 17:11
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"Falou-se bastante [sobre o assunto], sobretudo agora ao almoço [de trabalho], e foi também bom vermos como todos estamos unidos na mesma perspectiva: uma vontade comum de prosseguir uma excelente relação de amizade com os Estados Unidos, com o povo americano, mas também uma atitude de firmeza clara relativamente à administração Trump", declarou António Costa aos jornalistas.

À chegada, esta sexta-feira, 3 de Fevereiro, de manhã, à cimeira informal de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, António Costa defendera que a Europa deve "diferenciar-se da nova política de Washington", em matérias como a gestão das crises migratórias, o assunto dominante do encontro de Malta, e mostrar que está "unida" e que não está disponível "para que a presidência americana contribua para a divisão da Europa".

"Eu creio que para os mais cépticos bastaram duas semanas da nova presidência norte-americana para se perceber a importância de termos uma Europa forte e uma Europa unida", disse, acrescentando que é necessário não confundir os Estados Unidos "com uma presidência que é necessariamente conjuntural".

Vários líderes da UE insurgiram-se hoje contra declarações e acções do novo Presidente norte-americano, tendo o Presidente francês, François Hollande, criticado as previsões de Donald Trump sobre uma eventual ruptura na União Europeia, considerando-as pressões inaceitáveis.

"É inaceitável que haja, numa parte das declarações do Presidente dos Estados Unidos, pressão sobre o que a Europa deve ou não ser", disse Hollande.

Também a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que a melhor forma de o bloco de 28 nações lidar com a administração norte-americana, que parece ambivalente relativamente à Europa, é pressionar com os seus próprios planos.

"Já disse que a Europa tem o seu destino nas suas próprias mãos", disse Merkel aos jornalistas à chegada a Malta, acrescentando: "acredito que quanto mais firmemente definirmos qual é o nosso papel no mundo, melhor conseguiremos tratar das nossas relações transatlânticas".

"É por isso que, para mim, conversações sobre a Europa são aqui e não dizem respeito a outras partes do mundo", acrescentou.
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