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Cavaco: Discussão de alívio de juros e prazos da dívida grega não tem relação com eleições

Sublinhando que não poderá haver qualquer perdão de dívida, Cavaco Silva abre portas à discussão de um corte de juros e extensão de prazos da dívida grega. Mas diz que o debate será independente de prazos eleitorais.

22 de Julho de 2015 às 13:39
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Qualquer discussão sobre o eventual alívio dos juros e o prolongamento das maturidades dos títulos de dívida grego é independente das eleições que possam existir em países da União Europeia, como Portugal, na óptica de Aníbal Cavaco Silva.

 

"Não tem qualquer relação com eleições em Portugal nem com eleições em Espanha nem em qualquer outro país", disse o Presidente da República no final de uma visita à Escola de Armas, em Mafra, segundo declarações transmitidas pelas televisões nacionais.

 

Esta foi a resposta dada pelo Chefe de Estado quando questionado sobre a entrevista ao jornal belga Le Soir de Jean-Claude Juncker, em que o presidente da Comissão Europeia afirmou que o Conselho Europeu pretendia que a discussão relativa à sustentabilidade da dívida fosse tida em Outubro mas que a ideia teria sido rejeitada "porque alguns países – Irlanda, Portugal, Espanha – não o desejavam antes das eleições", segundo cita a agência Lusa. Portugal irá a eleições entre o início da terceira semana de Setembro e o final da segunda de Outubro; aliás, a data será revelada por Cavaco Silva esta quarta-feira, 22 de Julho.

 

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, já veio desmentir que o motivo para se ter oposto à indicação de Outubro se deva às eleições, ainda que tenha admitido que, efectivamente, tanto Portugal como Espanha e Irlanda queriam que a discussão sobre a situação da dívida grega tivesse apenas lugar após uma primeira avaliação ao terceiro resgate da Grécia, sem uma data específica.

 

O referido alívio de dívida, segundo tem sido sublinhado pelos líderes europeus, será feito ou através da redução de juros ou de extensão dos prazos da dívida grega e não sobre o corte do que a Grécia deve aos seus credores. Uma ideia que foi corroborada tanto por Passos Coelho como por Cavaco Silva.

 

"No documento que foi aprovado, é dito que não haverá uma redução monetária da dívida. O que pode haver é extensão dos prazos de amortização e redução dos juros", afirmou o Presidente da República, concluindo que é uma "coisa diferente" do perdão de dívida. 

 

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