Notícia
Bruxelas fará proposta sobre voltar (ou não) às regras orçamentais para a semana
Este ano, serão ainda 17 os países a furar a regra do défice até 3%. Em 2023 serão 11. As estimativas são da Comissão Europeia que vai apresentar para a semana a sua proposta sobre a cláusula de salvaguarda, avançou Paolo Gentiloni.
A Comissão Europeia vai apresentar a sua proposta sobre a cláusula de salvaguarda na próxima semana, sem avançar ainda se pretende manter a suspensão das regras europeias em 2023, anunciou nesta segunda-feira, 16 de maio, o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Paolo Gentiloni.
"Vamos fazer a nossa proposta de prolongamento ou de desativação da cláusula de salvaguarda, com o pacote de primavera, que vamos apresentar na próxima semana", afirmou Paolo Gentiloni, na conferência de imprensa sobre as Previsões de Primavera.
A Comissão estima que cerca de 17 Estados-membros furem a regra de um défice orçamental até 3% do PIB este ano, enquanto as regras ainda estão suspensas. Depois, Bruxelas antecipa que o número de países a furar a regra baixe para 11 em 2023. Nenhum deles é Portugal, já que Bruxelas estima um défice orçamental de 1,9% este ano (alinhado com a proposta de Orçamento do Estado para 2022) e de 1% no próximo.
"Os custos adicionais em 2022 relacionados com as medidas para mitigar os impactos dos preços elevados de energia (0,6% do PIB da UE) e para lidar com a crise humanitária provocada pela Rússia (0,1% do PIB) não são - de momento - suficientes para superar estes fatores", afirmou Gentiloni.
O peso da dívida pública no PIB da UE deverá descer de 89,7% em 2021 para 85,2% em 2023. No entanto, o comissário destacou que há vários riscos em cima da mesa, sobretudo os relacionados com a subida de preços à boleia da guerra na Ucrânia.
Recorde-se que, para responder à crise pandémica, a União Europeia suspendeu as regras orçamentais, na sequência de uma proposta da Comissão Europeia, permitindo aos países acumular défices acima do limite dos 3% do PIB, e não ter de caminhar rapidamente para uma redução da dívida pública para um máximo de 60% do PIB. Essa suspensão está em vigor até ao final de 2022.
A dúvida é saber o que acontecerá em 2023, sendo que, ao mesmo tempo, Bruxelas retomou o debate para a revisão das regras orçamentais e de governação económica.
"Vamos fazer a nossa proposta de prolongamento ou de desativação da cláusula de salvaguarda, com o pacote de primavera, que vamos apresentar na próxima semana", afirmou Paolo Gentiloni, na conferência de imprensa sobre as Previsões de Primavera.
"Os custos adicionais em 2022 relacionados com as medidas para mitigar os impactos dos preços elevados de energia (0,6% do PIB da UE) e para lidar com a crise humanitária provocada pela Rússia (0,1% do PIB) não são - de momento - suficientes para superar estes fatores", afirmou Gentiloni.
O peso da dívida pública no PIB da UE deverá descer de 89,7% em 2021 para 85,2% em 2023. No entanto, o comissário destacou que há vários riscos em cima da mesa, sobretudo os relacionados com a subida de preços à boleia da guerra na Ucrânia.
Recorde-se que, para responder à crise pandémica, a União Europeia suspendeu as regras orçamentais, na sequência de uma proposta da Comissão Europeia, permitindo aos países acumular défices acima do limite dos 3% do PIB, e não ter de caminhar rapidamente para uma redução da dívida pública para um máximo de 60% do PIB. Essa suspensão está em vigor até ao final de 2022.
A dúvida é saber o que acontecerá em 2023, sendo que, ao mesmo tempo, Bruxelas retomou o debate para a revisão das regras orçamentais e de governação económica.