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Brexit: Cameron tem 24 horas para obter da Europa oferta melhorada

Com as sondagens a sugerir uma sociedade partida entre os adeptos do "sim" e do "não", Cameron quer mais garantias sobre a possibilidade de impor limites aos benefícios sociais para estrangeiros e "blindagem" face à Zona Euro.

David Cameron, primeiro-ministro britânico
Reuters
Negócios 01 de Fevereiro de 2016 às 12:30
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As conversações entre o primeiro-ministro britânico David Cameron e o presidente do Conselho Europeu Donald Tusk prosseguem nesta segunda-feira, 1 de Fevereiro, depois de ontem não terem conseguido chegar a acordo em torno do texto que servirá de base para renegociar o tratado de adesão do Reino Unido à União Europeia. A expectativa ainda é a de que haja um entendimento que permita "luze verde" na cimeira europeia de 18 e 19 de Fevereiro em Bruxelas, abrindo caminho para que Londres possa convocar um referendo para a Primavera deste ano.


Com as sondagens a sugerir uma sociedade partida entre os adeptos do "sim" e do "não", Cameron quer obter mais garantias sobre a possibilidade de impor limites ao acesso aos benefícios sociais por parte de estrangeiros. O primeiro-ministro quererá ainda maior "blindagem" face à Zona Euro.


Segundo escreve o Financial Times, há uma disputa entre Londres e Paris sobre as sete medidas pedidas por David Cameron para proteger países terceiros de decisões tomadas pela Zona Euro, em particular sobre o "travão de emergência" que permitiria a países, como o Reino Unido, exercer uma espécie de veto. França exige que o novo contrato "não dê a quaisquer Estados-membros mais poderes do que os actualmente previstos" nem a possibilidade de "retardar ou impedir qualquer passo no sentido do aprofundamento da zona euro] e do reforço da regulação financeira ".

O Times acrescenta que o Reino Unido quer também um enquadramento legal mais perene que garanta maior autonomia face a Bruxelas no que respeita à legislação sobre as condições de acesso a benefícios sociais, sendo este outro dos pontos em que se espera maior dificuldade na obtenção de um consenso. Em concreto, Cameron quer que qualquer cidadão europeu que vá trabalhar para o Reino Unido nos próximos sete anos tenha de esperar quatro anos antes de poder começar a receber apoios sociais públicos.

Já no Daily Telegraph publica-se o resultado de uma pesquisa ao que pensam os parlamentares britânicos, segundo a qual 20% dos deputados já decidiram que votarão pela saída do Reino Unido da UE e apenas 11% (36) já decidiram o contrário; o voto dos demais está dependente das negociações que Cameron está a conduzir em Bruxelas.


O primeiro-ministro britânico David Cameron e o presidente do Conselho Europeu tiveram no domingo um encontro oficial para negociar as condições exigidas pelo britânico para manter o Reino Unido na União Europeia. Ambos usaram o twitter para falar do encontro – e de forma muito distinta. Ao passo que Cameron se refere a um "bom encontro", acrescentando que o polaco "aceitou mais 24 horas de negociações", Tusk refere que "não há, ainda, um acordo" e que se espera um "trabalho intenso" e "crucial" nas 24 horas seguintes.

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