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Brexit: Decisão sobre negociações terá de ser tomada até domingo

"Tomámos um conhecimento claro das posições de cada um. Mantêm-se muito distantes", refere o comunicado da presidente da Comissão.

A líder da Comissão Europeia fez o seu primeiro discurso sobre o “estado da União”.
Olivier Hoslet/EPA
09 de Dezembro de 2020 às 23:10
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (na foto), anunciou esta quarta-feira que deverá ser tomada uma decisão acerca de um acordo pós-Brexit até domingo, sublinhando que as posições dos dois parceiros se mantêm "muito distantes".

"Concordámos que as nossas equipas de negociação deveriam reencontrar-se imediatamente de maneira a resolver as questões essenciais. Chegaremos a uma decisão até ao final do fim de semana", referiu Von der Leyen num comunicado, após um jantar de três horas com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Frisando que teve uma "discussão animada e interessante" com Boris Johson acerca do conjunto de temas que continuam por negociar, Ursula von der Leyen referiu também que as posições se mantém "muito distantes".

"Tomámos um conhecimento claro das posições de cada um. Mantêm-se muito distantes", refere o comunicado da presidente da Comissão.

Do lado britânico, fontes diplomáticas também deram conta de uma "discussão franca sobre os obstáculos significativos que se mantêm nas negociações", e frisaram que permanece "um fosso muito grande" entre o Reino Unido e a União Europeia (UE), sendo "incerto se estas [diferenças] podem ser ultrapassadas".

"O primeiro-ministro [Boris Johnson] e Ursula von der Leyen concordaram em prosseguir as discussões nos próximos dias. O primeiro-ministro não quer deixar nenhum caminho para um acordo por percorrer. O primeiro-ministro e Von der Leyen concordaram que, até domingo, uma decisão firme deverá ser tomada sobre o futuro das negociações", referiram sublinham as mesmas fontes.

UE e Reino Unido tentam num derradeiro ‘sprint’ chegar a acordo sobre as relações futuras, já que a partir de 01 de janeiro de 2021 – data que coincide com o arranque da presidência portuguesa do Conselho da UE, no primeiro semestre do ano –, o Reino Unido, que abandonou o bloco europeu em janeiro de 2020, deixa de gozar do chamado período de transição, mantendo o acesso dos britânicos ao mercado único.

Na ausência de um acordo (‘no deal’), as relações económicas e comerciais entre o Reino Unido e a UE passam a ser regidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e com a aplicação de vários controlos alfandegários e regulatórios.

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