Notícia
Brexit: Bruxelas e Londres voltam a discutir futura relação comercial sem acordo à vista
Em causa está a terceira ronda negocial entre os negociadores dos blocos comunitário, Michel Barnier, e britânico, David Frost, que decorre entre hoje e sexta-feira.
11 de Maio de 2020 às 07:31
Os negociadores da União Europeia (UE) e do Reino Unido voltam, esta semana, às negociações sobre a futura relação comercial de Bruxelas e Londres, ainda incertas e sem acordo à vista, apesar do objetivo de conseguir progressos até junho.
Em causa está a terceira ronda negocial entre os negociadores dos blocos comunitário, Michel Barnier, e britânico, David Frost, que decorre entre hoje e sexta-feira.
Estas discussões estiveram suspensas devido à pandemia de covid-19 -- desde logo por ambos os negociadores terem sido infetados pelo novo coronavírus -- e estão agora a ser realizadas por videoconferência, como já aconteceu na segunda ronda, na semana de 20 de abril, tendo em vista progressos palpáveis até junho, altura prevista para um balanço das discussões.
Após essa segunda ronda, de abril passado, o negociador-chefe da UE para a futura relação com o Reino Unido, Michel Barnier, criticou Londres pela "falta de compromissos sérios" nas novas negociações, notando que ainda não foi possível chegar a "progressos tangíveis".
"A minha responsabilidade, enquanto negociador, é dizer a verdade e lamento dizer que o nosso objetivo para chegar a objetivos tangíveis em todos os assuntos foi só parcialmente atingido esta semana", declarou Michel Barnier, falando em videoconferência de imprensa, a partir de Bruxelas.
O responsável do lado comunitário criticou que, nessas discussões, "o Reino Unido não tenha aceitado comprometer-se seriamente em importantes áreas, que estão bem definidas na declaração política".
"Não podemos aceitar fazer progressos seletivos em áreas limitadas, temos de fazer progressos em todos os assuntos em paralelo e temos de conseguir soluções em todos os tópicos", vincou Michel Barnier.
Num aviso ao seu homólogo britânico, David Frost, o responsável francês disse: "O Reino Unido não se pode recusar a prolongar estender o período de transição e, ao mesmo tempo, travar as discussões nalgumas áreas".
Entre os assuntos com mais divergências estão o acesso equilibrado a ambos os mercados, a governança da futura parceria, a proteção dos direitos fundamentais e o setor das pescas.
Após a concretização do 'Brexit' em 31 de janeiro passado, a primeira ronda negocial sobre a futura relação decorreu em Bruxelas entre 02 e 05 de março e a segunda estava prevista para se realizar em Londres entre 18 e 20 de março, mas tal não aconteceu devido à pandemia.
Depois da ronda desta semana, de maio, as duas partes voltarão a reunir-se na semana de 01 de junho.
Também para junho continua a estar prevista uma cimeira de líderes para avaliar o progresso e decidir sobre uma eventual extensão do período de transição, que termina a 31 de dezembro.
O Governo britânico já reiterou que não pretende pedir um prolongamento.
Em causa está a terceira ronda negocial entre os negociadores dos blocos comunitário, Michel Barnier, e britânico, David Frost, que decorre entre hoje e sexta-feira.
Após essa segunda ronda, de abril passado, o negociador-chefe da UE para a futura relação com o Reino Unido, Michel Barnier, criticou Londres pela "falta de compromissos sérios" nas novas negociações, notando que ainda não foi possível chegar a "progressos tangíveis".
"A minha responsabilidade, enquanto negociador, é dizer a verdade e lamento dizer que o nosso objetivo para chegar a objetivos tangíveis em todos os assuntos foi só parcialmente atingido esta semana", declarou Michel Barnier, falando em videoconferência de imprensa, a partir de Bruxelas.
O responsável do lado comunitário criticou que, nessas discussões, "o Reino Unido não tenha aceitado comprometer-se seriamente em importantes áreas, que estão bem definidas na declaração política".
"Não podemos aceitar fazer progressos seletivos em áreas limitadas, temos de fazer progressos em todos os assuntos em paralelo e temos de conseguir soluções em todos os tópicos", vincou Michel Barnier.
Num aviso ao seu homólogo britânico, David Frost, o responsável francês disse: "O Reino Unido não se pode recusar a prolongar estender o período de transição e, ao mesmo tempo, travar as discussões nalgumas áreas".
Entre os assuntos com mais divergências estão o acesso equilibrado a ambos os mercados, a governança da futura parceria, a proteção dos direitos fundamentais e o setor das pescas.
Após a concretização do 'Brexit' em 31 de janeiro passado, a primeira ronda negocial sobre a futura relação decorreu em Bruxelas entre 02 e 05 de março e a segunda estava prevista para se realizar em Londres entre 18 e 20 de março, mas tal não aconteceu devido à pandemia.
Depois da ronda desta semana, de maio, as duas partes voltarão a reunir-se na semana de 01 de junho.
Também para junho continua a estar prevista uma cimeira de líderes para avaliar o progresso e decidir sobre uma eventual extensão do período de transição, que termina a 31 de dezembro.
O Governo britânico já reiterou que não pretende pedir um prolongamento.