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Autoridades belgas pedem vigilância depois de desmantelarem possível atentado

As autoridades belgas terão desmantelado um possível atentado planeado para a noite de ano novo. Há dois detidos. O Governo quer população vigilante, mas diz que "não há motivo para pânico".

Reuters
29 de Dezembro de 2015 às 13:16
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Na sequência de uma operação que decorreu durante o fim-de-semana, as autoridades belgas dizem ter desmantelado um possível atentado planeado para a noite de ano novo. Na operação, que decorreu em Bruxelas e Liége, foram interpelados seis suspeitos, tendo dois ficado detidos.

 

Durante as buscas domiciliárias foram encontradas fardas militares e material de propaganda do Daesh mas não armas ou explosivos. Um dos homens foi preso sob a suspeita de planear ataques e também por "desempenhar um papel de liderança em actividades de um grupo terrorista e recrutar", enquanto outro enfrenta acusações de planeamento e "participação em actividades de um grupo terrorista", refere o mesmo comunicado.

 

A imprensa local relatou uma "operação antiterrorista discreta, mas importante" realizada nos últimos dias, em Bruxelas, na região de Liège e na província Brabante flamenga, no âmbito de um mandato ordenado por um juiz de instrução da capital belga, especializado em questões de terrorismo.

 

Em conferência de imprensa esta manhã, o ministro do Interior, Jan Jambon, detalhou o seu plano contra o terrorismo e a radicalização e deixou a mensagem de que a população deve manter-se vigilante, mas indicou que "não há motivo para pânico". "Sim, devemos permanecer vigilantes, a ameaça permanece. Não, não há motivo para pânico", disse.

 

O plano do governante passa por melhorar o acompanhamento e adoptar uma postura de tolerância zero para combatentes estrangeiros, pela intensificação da monitorização das actividades criminais, pelo reforço da presença da polícia federal e pela luta contra redes de economia paralela.

 

Jan Jambon informou que medidas específicas vão ser tomadas para a freguesia de Molenbeek, nos subúrbios da capital, onde se encontram "muitos 'retornados'" da guerra da Síria. "Mas a situação é idêntica noutras zonas junto do Canal. O que fazemos em Molenbeek, vamos aplicar noutros locais", afirmou o ministro, numa referência às "comunas" de Saint-Gilles, Anderlecht, Molenbeek, Cidade de Bruxelas, Koekelberg, Schaerbeek e Saint-Josse.

 

"O apoio aos terroristas, nas comunidades, é maior do que eu esperava", comentou o ministro acerca da fuga de Salah Abdeslam, suspeito de envolvimento nos ataques de Paris de 13 de Novembro, que causaram 130 mortos. "Se ele conseguiu esconder-se por tanto tempo, é porque teve apoio da comunidade. Há uma certa simpatia, que leva à ajuda dos terroristas, por uma minoria da comunidade", acrescentou.

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