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Bruxelas mantém Portugal sob vigilância por desequilíbrios macroeconómicos

A Comissão Europeia destacou Portugal como um dos 12 países que serão sujeitos a uma avaliação aprofundada por apresentarem desequilíbrios macroeconómicos.

Valdis Dombrovskis e Paolo Gentiloni pediram aos países para optar por apoios temporários à economia, evitando aumentos estruturais dos gastos.
Johanna Geron/Reuters
Margarida Peixoto margaridapeixoto@negocios.pt 24 de Novembro de 2021 às 12:49

A Comissão Europeia vai manter Portugal sob vigilância apertada. O país será um dos 12 Estados-membros a ser submetido a uma avaliação aprofundada, por terem sido detetados desequilíbrios macroeconómicos, revelou esta quarta-feira o vice-presidente Valdis Dombrovskis, em Bruxelas.

O anúncio foi feito no âmbito do pacote de outono do semestre europeu, onde são também delineadas as recomendações sobre a política orçamental dos países. Este ano, como a proposta de Orçamento do Estado para 2022 apresentada pelo Executivo português foi chumbada, Bruxelas não emite opinião sobre os planos orçamentais do país. Tal como já tinha sido referido numa carta enviada a 15 de novembro, Bruxelas segue o procedimento normal, pedindo ao país que volte a submeter um projeto de plano orçamental, quando apresentar uma nova proposta de OE para o próximo ano ao Parlamento nacional.

Porém, tal como no ano passado, Portugal mantém desequilíbrios macroeconómicos – uma conclusão que resulta de uma avaliação anual à robustez económica dos países, além das questões orçamentais.


"Portugal entrou na crise da covid-19 com vulnerabilidades relacionadas com elevados stocks de dívida externa, privada e pública, num contexto de baixo crescimento da produtividade", aponta a Comissão. "Com a crise da covid-19, os rácios de dívida aumentaram mais", frisa, concluindo que "no geral, a Comissão considera oportuno, tendo em conta também a identificação de desequilíbrios em junho, examinar melhor a persistência dos desequilíbrios ou os seus desenvolvimentos."

A Comissão Europeia deverá assim analisar qual a gravidade dos desequilíbrios identificados e em que medida o país tem vindo a adotar as recomendações emitidas no passado, para corrigi-los. Na mesma situação de Portugal estão também três das maiores economias do euro: Alemanha, França e Espanha.

Já noutros três países os desequilíbrios detetados foram já considerados excessivos: Chipre, Grécia e Itália.

(Notícia atualizada às 12:56 com mais informação)

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