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UE impõe novo pacote de sanções contra a Rússia. Lista de oligarcas sancionados alargada
Conselho decidiu avançar com novo um quarto pacote de sanções à Rússia, alargar a lista de oligarcas sancionados e excluir a Rússia das agências de 'rating' europeias. Medidas visam aumentar a pressão económica sob o Kremlin, diz Bruxelas.
A União Europeia decidiu hoje avançar com um quarto pacote de sanções contra a Rússia, em resposta à invasão militar da Ucrânia, alargando impedimentos que ainda não estavam previstos. A lista de oligarcas e de empresas sob sanções também é alargada e a Rússia vai ficar de fora das agências de 'rating' europeias, foi anunciado.
"Estas sanções vão contribuir para aumentar a pressão económica sobre o Kremlin e minar a sua capacidade de financiar a invasão da Ucrânia", afirma a Comissão Europeia num comunicado divulgado nesta terça-feira, 15 de março, saudando a decisão do Conselho.
A importação dos produtos de aço à Rússia, que até aqui estavam sob as medidas de salvaguarda da União Europeia, também passa a ser proibida, o que Bruxelas estima vir a ter um impacto de 3,3 mil milhões de euros em receita perdida para o país. "As quotas de importação serão aumentadas e distribuídas por outros países para compensar", refere o comunicado.
Os Estados-membros decidiram ainda alagar a proibição de novos investimentos do setor de energia russo no território da União, mas com exceções à energia nuclear civil e ao transporte de certos produtos energéticos para o bloco europeu.
Os Estados-membros ficam também impedidos (ao contrário do que acontecia até aqui) de exportar bens de luxo (carros, jóias, etc) ao país, uma medida desenhada para "afetar diretamente as elites russas", afirma a Comissão.
Lista de oligarcas sancionados aumenta
Além disso, a lista de pessoas e entidades sancionadas foi aumentada, para incluir mais oligarcas e elites empresariais ligadas ao Kremlin, bem como a empresas ativas nos setores militar e de defesa, que "estão a apoiar a invasão, na logística e materialmente", escreve Bruxelas.
"Esta nova lista também passa a incluir alguns atores ativos em desinformação", afirma Bruxelas.