Notícia
Turquia, Irão e Coreia do Sul são destinos principais de navios com cereais ucranianos
Essas embarcações transportam cerca de 563.317 toneladas métricas de grãos e outros alimentos, de acordo com o CCC.
16 de Agosto de 2022 às 17:21
Turquia, Irão e Coreia do Sul são os principais destinos das exportações de alimentos ucranianos pelo Mar Negro, indicaram hoje fontes oficiais, acrescentando que 21 navios foram autorizados a sair dos portos da Ucrânia desde o início do mês.
Num comunicado divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o centro de coordenação conjunta (CCC) da denominada "Iniciativa de grãos do Mar Negro" indicou que autorizou um total de 36 movimentos de navios (21 de saída e 15 de entrada) através do corredor marítimo humanitário no Mar Negro para facilitar a exportação segura de cereais, alimentos e fertilizantes, dos portos ucranianos.
Durante este período, 21 navios foram autorizados a sair dos portos ucranianos de Odessa (11), Chornomorsk (6) e Yuzhny/Pivdennyi (4) no âmbito da iniciativa.
Essas embarcações transportam cerca de 563.317 toneladas métricas de grãos e outros alimentos, de acordo com o CCC.
O centro de coordenação conjunta especificou ainda que desse total, 451.481 toneladas são de milho, 50.300 toneladas de farinha de girassol, 41.622 de trigo, 11.000 de grãos de soja, 6.000 de óleo de girassol e 2.914 toneladas de semente de girassol.
Entre os destinos, destacam-se Turquia (26 por cento do total), Irão (22%), Coreia do Sul (22%), entre outros países como a China, irlanda ou Itália, segundo a iniciativa lançada pela Rússia, Turquia, Ucrânia e ONU através de acordos assinados separadamente pela Rússia e pela Ucrânia.
A caminho do Djibuti, país do corno de África, estão 23.000 toneladas de trigo compradas pelo Programa Mundial de Alimentos (PAM) para contribuir para a resposta à seca na Etiópia.
"As rotas dos navios comerciais e a propriedade da carga são determinadas através da atividade comercial e podem mudar durante a rota", esclareceu ainda o CCC.
De 01 a 15 de agosto, o CCC realizou 27 inspeções através das suas equipas conjuntas de inspeção em navios de entrada e saída. Todos os navios inspecionados até ao momento foram autorizados a prosseguir.
"Como parte das suas responsabilidades, o CCC tem monitorizado de perto o movimento de entrada e saída de navios através do corredor marítimo humanitário no Mar Negro. Até agora, observou em duas ocasiões navios que se desviaram do corredor e respondeu adequadamente contactando os capitães e aconselhando-os a seguir as coordenadas", diz o comunicado.
A Iniciativa de Grãos do Mar Negro visa responder à alta inflação dos preços dos alimentos e à insegurança alimentar global, causada pela guerra da Rússia na Ucrânia.
A insegurança alimentar está em níveis recordes, com dezenas de milhões de pessoas em risco de fome em todo o mundo.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, a Ucrânia contribui com cerca de 10,3% e 12,6% das exportações globais de trigo e milho, respetivamente. A sua participação nos produtos de girassol (sementes e óleo) é de 48,2%.
O reinício das exportações libertará espaço de armazenamento na Ucrânia e evitará desperdícios. Também garantirá uma cadeia de abastecimento de alimentos para esta e colheitas subsequentes, segundo a CCC.
Num comunicado divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o centro de coordenação conjunta (CCC) da denominada "Iniciativa de grãos do Mar Negro" indicou que autorizou um total de 36 movimentos de navios (21 de saída e 15 de entrada) através do corredor marítimo humanitário no Mar Negro para facilitar a exportação segura de cereais, alimentos e fertilizantes, dos portos ucranianos.
Essas embarcações transportam cerca de 563.317 toneladas métricas de grãos e outros alimentos, de acordo com o CCC.
O centro de coordenação conjunta especificou ainda que desse total, 451.481 toneladas são de milho, 50.300 toneladas de farinha de girassol, 41.622 de trigo, 11.000 de grãos de soja, 6.000 de óleo de girassol e 2.914 toneladas de semente de girassol.
Entre os destinos, destacam-se Turquia (26 por cento do total), Irão (22%), Coreia do Sul (22%), entre outros países como a China, irlanda ou Itália, segundo a iniciativa lançada pela Rússia, Turquia, Ucrânia e ONU através de acordos assinados separadamente pela Rússia e pela Ucrânia.
A caminho do Djibuti, país do corno de África, estão 23.000 toneladas de trigo compradas pelo Programa Mundial de Alimentos (PAM) para contribuir para a resposta à seca na Etiópia.
"As rotas dos navios comerciais e a propriedade da carga são determinadas através da atividade comercial e podem mudar durante a rota", esclareceu ainda o CCC.
De 01 a 15 de agosto, o CCC realizou 27 inspeções através das suas equipas conjuntas de inspeção em navios de entrada e saída. Todos os navios inspecionados até ao momento foram autorizados a prosseguir.
"Como parte das suas responsabilidades, o CCC tem monitorizado de perto o movimento de entrada e saída de navios através do corredor marítimo humanitário no Mar Negro. Até agora, observou em duas ocasiões navios que se desviaram do corredor e respondeu adequadamente contactando os capitães e aconselhando-os a seguir as coordenadas", diz o comunicado.
A Iniciativa de Grãos do Mar Negro visa responder à alta inflação dos preços dos alimentos e à insegurança alimentar global, causada pela guerra da Rússia na Ucrânia.
A insegurança alimentar está em níveis recordes, com dezenas de milhões de pessoas em risco de fome em todo o mundo.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, a Ucrânia contribui com cerca de 10,3% e 12,6% das exportações globais de trigo e milho, respetivamente. A sua participação nos produtos de girassol (sementes e óleo) é de 48,2%.
O reinício das exportações libertará espaço de armazenamento na Ucrânia e evitará desperdícios. Também garantirá uma cadeia de abastecimento de alimentos para esta e colheitas subsequentes, segundo a CCC.